Em entrevista à Rádio Difusora de Goiânia nesta quinta-feira (25), o prefeito Sandro Mabel (UB) foi categórico ao avaliar a situação da Marginal Botafogo após os estragos causados pelas fortes chuvas que atingiram a capital. “Essa marginal está totalmente condenada”, afirmou, destacando que não há mais espaço para soluções paliativas.
Segundo o prefeito, o problema é estrutural e exige uma reconstrução completa. “O fundo dela está destruído, a água arranca todo o fundo do canal, as laterais sofrem erosão há anos e, com cada chuva, a situação piora. Não foi feito nenhum tipo de recuperação nos governos passados. Só jogavam pedras nas beiradas, mas nunca houve manutenção real”, criticou.
Mabel explicou que Goiânia já conta com um financiamento de quase R$ 300 milhões, aprovado no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para iniciar as obras. No entanto, ele adiantou que os custos totais podem chegar a R$ 500 milhões. “Aqui não adianta uma solução paliativa. Tem que enfrentar o problema. Nós vamos atrás de mais recursos para fazer uma obra definitiva”, disse.
Intervenções definitivas
As intervenções incluem o alargamento do canal, a construção de bacias de contenção, os chamados piscinões e a implantação de um plano de drenagem mais eficiente. “Nós trouxemos especialistas internacionais para Goiânia justamente para ajudar a definir o projeto. A expectativa é iniciar parte das obras já no próximo ano e seguir até 2027”, explicou.
O prefeito ainda reforçou que outros córregos da capital, como o Cascavel e o Capim Puba, também devem receber atenção. “No Cascavel foi gasto um mundo de dinheiro sem resultado. As margens estão caindo e o asfalto feito nunca teve resolutividade. No Capim Puba, vamos melhorar todo o canal e aplicar novas soluções de drenagem, como poços de retenção de água, para recarregar o lençol freático”, detalhou.
Mabel concluiu reforçando que o enfrentamento da crise hídrica e de drenagem urbana é uma das prioridades de sua gestão. “Goiânia precisa de soluções inteligentes e definitivas, não de obras emergenciais que só mascaram o problema”, afirmou.
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