Arthur Vinícius Silva Lima, de 32 anos, confessou ter matado o violinista Bruno Duarte, de 36, após uma briga no Bosque dos Buritis, em Goiânia, no último final de semana. Em entrevista informal à polícia militar, o suspeito afirmou que agiu após desarmar a vítima durante um confronto motivado por ciúmes. “Ele puxou a faca e a gente se enrolou no chão. Consegui tomar a faca dele e fiz isso”, disse o suspeito.
O encontro entre os dois, segundo Arthur, teria acontecido por acaso, mas rapidamente evoluiu para uma discussão acalorada. O motivo, segundo ele, seria um envolvimento de Bruno com sua ex-mulher e com os filhos do suspeito. “Eu encontrei ele por acaso. Ele começou a me xingar. Não é só xingar, é me humilhar, sabe? Me chamando de corno”, relatou Arthur à polícia, durante a abordagem”, iniciou completando:
Ele tava pegando a minha mulher, e ainda levou meus filhos pra lá. Aí eu fiquei nervoso e tentei brigar com ele.
De acordo com o relato, durante o confronto, Bruno estaria com uma faca. Os dois entraram em luta corporal no chão do bosque, momento em que Arthur afirma ter conseguido desarmar o músico.“Mas eu não sabia que ele tinha morrido. Quando eu fui embora, achei que ele ia ser socorrido.”
No entanto, o depoimento da testemunha ocular, contradiz a versão apresentada por Arthur. A testemunha afirma que ouviu claramente a vítima gritar: “cara, você está me matando, estou sangrando”, e presenciou Arthur desferir diversas facadas em Bruno, inclusive no pescoço, mesmo após a vítima já estar caída.
O relato foi gravado em vídeo e anexado ao inquérito policial. Diante dessa evidência, o delegado responsável pediu a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva, considerando, entre outros pontos, que Arthur teve plena consciência da gravidade de seus atos e fugiu do local após o crime, o que reforça a tese de dolo e contradição em seu depoimento.
Arthur também negou que tivesse qualquer relação próxima com Bruno. Ele afirmou que os dois se conheciam apenas por causa da “confusão” envolvendo a ex-mulher e os filhos. “Não éramos amigos. Conheci ele por causa desse rolo com a minha ex-mulher e meus filhos”, completou.
Fuga e prisão
Após o crime, Arthur fugiu para Catalão, a cerca de 260 km de Goiânia, em um veículo conduzido pelo próprio pai. A Polícia Militar de Goiás, com apoio da Companhia de Policiamento Especializado (CPE), montou um cerco no perímetro urbano da cidade após receber denúncias sobre a localização do suspeito.
Arthur foi preso dentro de uma caminhonete SW4 preta e encaminhado à Central de Flagrantes da Polícia Civil em Catalão, onde permanece detido. Ele deve responder por homicídio.
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