Uma associação criminosa de tráfico de drogas que atuava em Goiânia, Aparecida de Goiânia e região metropolitana foi condenada a mais de 145 anos de reclusão, pelo juiz Carlos Magno Caixeta da Cunha, da 1ª Vara Criminal da comarca de Aparecida de Goiânia.
As investigações, realizadas pela Delegacia Estadual de Repressão a Narcóticos (Denarc), apontaram que Ocilmar Soares Eduardo era chefe da associação criminosa, composta por mais 12 pessoas. Esta organização atuava de forma ordenada e com divisão de tarefas, objetivando vantagens na prática do tráfico de entorpecentes, assaltos, posse de armas e munições, além de homicídios cometidos em Aparecida de Goiânia.
Ocilmar Soares é proprietário da revendedora de automóveis VR Car Comércio de Veículos Eireli, no Jardim Presidente em Goiânia, que estava sob a responsabilidade da mulher dele, Viviane Rodrigues da Silva. A maioria dos veículos revendidos no estabelecimento era fruto de pagamentos de drogas. No entanto, ele tinha pouco contato com os entorpecentes, pois estava preso na Penitenciária Coronel Odenir Guimarães, na capital, mas, mesmo assim, mantinha contato com os encarregados pela arrecadação financeira proveniente da venda de drogas.
A mãe de Ocilmar, Marlene Soares Eduardo, cuidava do armazenamento de grandes somas de dinheiro, oriundas do tráfico. Uma interceptação telefônica feita pela Denarc apontou que Marlene Soares deixaria, na portaria do prédio onde mora, uma caixa com mais de R$ 709 mil para que o mototaxista Agnaldo Tolentino levasse até um fornecedor de drogas.
O juiz condenou Ocilmar Soares a 26 anos e 8 meses de reclusão pelo crime de tráfico de drogas, que deverá ser cumprido em regime inicial fechado. Já a mãe dele, Marlene Soares, terá de cumprir 8 anos de reclusão em regime inicial semiaberto. Somadas as penas de todos os participantes, elas totalizam em 145 anos e 6 meses.
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