DASSLER MARQUES E PEDRO IVO ALMEIDA
SÃO PAULO, SP, E RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – O novo ciclo de Tite se iniciará na seleção brasileira, em dois jogos em setembro, sem alguns dos pilares da comissão técnica por perto. Nomes importantes dos últimos dois anos como o fisioterapeuta Bruno Mazziotti, o preparador Ricardo Rosa e o fisiologista Luiz Crescente foram colocados pela entidade em uma espécie de “geladeira” nesse início de ciclo. O discurso interno é de integração, com oportunidade para membros das seleções de base e mudanças também em massagistas.
Durante a preparação e a disputa da última Copa do Mundo, porém, as lesões em sequência de diferentes jogadores, principalmente Renato Augusto, Danilo e Douglas Costa, fizeram a comissão do Brasil se dividir em relação às cargas aplicadas pelo preparador Fábio Mahseredjian. Depois das lesões dos dois últimos, houve uma mudança de metodologia, com atividades mais leves para resguardar os atletas.
Mantido ao lado de Tite, Mahseredjian teve uma vitória pessoal nesse processo. Fábio, além de preparador físico, é uma das grandes lideranças da comissão técnica e responsável, muitas vezes, por decisões importantes com o aval do coordenador Edu Gaspar. O médico Rodrigo Lasmar também esteve na berlinda em função dos muitos problemas físicos na Rússia, mas por ora segue para os amistosos contra Estados Unidos e El Salvador em setembro.
Certo também é que, para esses jogos e os próximos amistosos, a seleção brasileira terá um corpo técnico mais enxuto, em um processo que também deixará de fora o preparador físico Ricardo Rosa e os fisioterapeutas Caio Mello e Rafael Martini. O auxiliar Sylvinho, por compromissos com a Inter de Milão, não deve participar da lista.
Com uma postura mais neutra, o também fisioterapeuta Ricardo Sassaki, do São Paulo, foi mantido para a convocação de setembro. Ele é homem de confiança de Mahseredjian e segue, assim como o preparador de goleiros Taffarel. Essa estrutura reduzida para os primeiros jogos serve para amenizar uma crítica interna forte de dirigentes importantes da CBF, que entendem que o investimento solicitado por Tite e Edu Gaspar não se refletiu como era necessário na Rússia. Além disso, reduz a influência de gente ligada ao Corinthians -outra crítica recorrente.
A entidade evita falar em qualquer desgaste, apesar das evidências e questionamentos durante o período pré e Copa do Mundo. No discurso oficial do grupo de trabalho de Tite, as trocas ocorrem para que profissionais da sub-20 se adaptem ao modelo de trabalho da equipe principal de olho no sul-americano da categoria, que ocorre em janeiro.
Mesmo com recuperação e renovação pós-Copa no foco, além da Copa América 2019, a Confederação explicou que o torneio dos mais jovens, em janeiro de 2019, também é prioridade. O Brasil precisa terminar entre os dois primeiros para conseguir vaga nos Jogos de Tóquio.
Com o coordenador Edu Gaspar prometendo mais atenção à base, a ideia é que a metodologia da ala médica seja unificada em todas as categorias e abra nomes para profissionais como o fisiologista Guilherme Passos. O comando da seleção também não descarta o retorno de nomes como Bruno Mazziotti, Caio Mello, Rafael Martini, o fisiologista Luiz Crescente em futuras convocações.
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