O desempenho tímido do Brasil contra a Arábia Saudita, nesta sexta-feira (12), foi reconhecido pelo próprio Tite. Depois da vitória por 2 a 0, o treinador admitiu que ofensivamente foi um dia de pouca inspiração, apesar dos gols de Gabriel Jesus e Alex Sandro. Elogios, apenas, para o comportamento defensivo.
“Não teve o desempenho que imaginávamos, o desempenho técnico da equipe foi abaixo. Compete mais, tem concentração maior e esteve abaixo. Conseguiu neutralizar jogadas de velocidade e finalizações da Arábia Saudita, isso ela [a equipe] teve”, analisou Tite. “Botar volume, fazer transições em velocidade…isso não teve”, justificou.
“A seleção venceu porque tem criatividade na frente, uma bola parada forte, mas teve 15 oportunidades de finalização. Convenceu na solidez defensiva, isso sim, mas é algo parcial”, ressaltou, por outro lado, em sua análise. “No aspecto individual…o Jesus voltou e o fato de fazer o gol, tirar o peso, vemos um jogador mais leve, com muito mais naturalidade”, ressaltou.
Tite também comentou sobre o leque ofensivo que se abre no Brasil desde a Copa. “O Lucas, no Tottenham, jogou por dentro como 4-4-2. Eu usei como externo porque ele tem muita velocidade, e a gente precisava de um jogador de flanco aberto. Ele tem essa jogada de desafogo. Vão surgindo possibilidades”, declarou.
“Estou ‘oportunizando’ como mexer as peças para que consiga ter articulação e infiltração, armação e poder de conclusão, ter posse e ser vertical. Firmino compõe o meio-campo com os três médios e abre para os jogadores que infiltram, como faz com Salah e Mané. O Gabriel Jesus e o Richarlison podem ser o jogador de infiltração. O Richarlison pode jogar no centro ou pelo lado. Depois do jogo centralizado na seleção, ele jogou pelo Everton por dentro. A seleção empresta ao clube essas variações”, comentou.
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