Em Brasília, o deputado Thiago Peixoto (PSD-GO) cobrou do governo federal políticas públicas mais eficientes para melhorar a educação no país. “Algumas ações relevantes estão ocorrendo. No MEC, está avançada a discussão sobre a base nacional curricular comum. Atualmente existe uma diversidade curricular muito grande, o que atrapalha o aprendizado dos alunos e o trabalho dos nossos professores. Mesmo assim, é preciso mais”, afirmou.
O parlamentar goiano usou a tribuna do Plenário Ulysses Guimarães, na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira para destacar dados do último Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), divulgados na primeira quinzena de setembro pelo Ministério da Educação. Secretário da área em Goiás entre 2011 e 2013, ele se mostrou preocupado com a estagnação nacional registrada no principal índice para se medir a qualidade do ensino na rede pública nacional.
“Os resultados do último IDEB são alarmantes para a escola pública e demonstram, mais uma vez, que não estamos avançando. A nota do 3º ano do Ensino Médio, em 2005, era de 260,81 pontos; em 2015, o resultado foi de 260,04. Ou seja, em dez anos, houve retrocesso. Precisamos que Estados e prefeituras utilizem esses dados de maneira estratégica, para promoção dos avanços necessários”, disse o deputado.
Apenas Goiás, Amazonas e Pernambuco conseguiram atingir a meta no Ensino Médio conforme o último levantamento.Em Goiás, quando foi titular da Secretaria de Educação, no governo passado de Marconi Perillo, Thiago Peixoto idealizou e liderou o Pacto pela Educação, reforma educacional que garantiu que a rede estadual de ensino desse um salto de qualidade, saindo das últimas posições para alcançar as primeiras colocações no ranking nacional do Ideb.
“Essa conquista me trouxe a felicidade daquele professor que dá toda atenção aquele aluno que passa dificuldade e consegue vê-¬lo aprender. Quem me conhece sabe que o que me moveu a entrar na vida pública foi a educação. Pela educação já corri riscos políticos e tive embates administrativos”, lembrou.
EngessadoPara Thiago Peixoto, o Brasil ainda tem um modelo educacional que engessa. “Temos professores altamente qualificados, alunos com potencial enorme e disposição em aprender, mas um sistema que atrapalha tanto o professor a ensinar quanto o aluno a aprender. Quando se aposta em modelos diferentes o resultado aparece. Temos que apostar que é possível algo novo”, ressaltou.
O deputado destacou ainda que Goiás é a prova de que em um longo prazo, a educação gera o desenvolvimento econômico e social de um país, mas a aprendizagem acontece em curto prazo. “Dizem que os resultados educacionais só aparecem a longo prazo, mas isso não é verdade. A longo prazo as mudanças educacionais mudam uma nação. Mas a curto prazo, no dia a dia, cada minuto de aula conta para mudar a vida de um aluno”, finalizou.
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