23 de dezembro de 2024
Mundo

Theresa May anuncia que irá deixar o posto de primeira-ministra do Reino Unido

A primeira-ministra britânica, Theresa May, anunciou nesta sexta-feira (2/054) que vai deixar, no dia 7 de junho, a liderança do Partido Conservador e que o processo de escolha de um novo líder vai começar na próxima semana.

“Continuarei a servir como primeira-ministra até que o processo esteja concluído”, disse Theresa May, em entrevista em sua residência oficial.

Ela argumentou que é dever dos políticos “implementar o que [o povo] decidiu”,  referindo-se ao Brexit, aprovado há três anos. “Fiz tudo o que podia para convencer os deputados a apoiar o acordo de saída. Infelizmente, não consegui. É agora claro para mim que é do interesse do país que seja um novo primeiro-ministro a liderar esse esforço. Por isso, anuncio que irei me demitir do cargo de líder do Partido Conservador na sexta-feira, 7 de junho”, concluiu a primeira-ministra”.

“Será sempre uma matéria de grande arrependimento que não tenha conseguido cumprir o Brexit. Será função do meu sucessor procurar um caminho que honre o resultado do referendo. Para ser bem-sucedido, ele ou ela terá de encontrar um consenso no Parlamento, que eu não consegui. Esse consenso só pode ser atingido se ambas as partes em debate estiverem disponíveis para o compromisso”, afirmou May.

Visivelmente emocionada, ela acrescentou que foi a maior honra de sua vida vida ter sido a segunda mulher primeira-ministra no Reino Unido, “mas, certamente, não a última”, e ter servido ao país que ama.

Antes de assumir sua função como primeira-ministra, atuou como Ministra pelas Mulheres e Igualdade e Secretária de Estado para Assuntos Internos. Assumiu o comando do Reino Unido em meio a diversas polêmicas em torno do Brexit. Seu antecessor, David Cameron também saiu após pedido de renúncia depois de se fragilizar com os resultados do plebiscito com relação ao Brexit.


Com quase três anos a frente do país, ela conseguiu conduzir negociações para consumar o Brexit e fazer com que o Reino Unido se desligasse da União Europeia, mas o acordo foi rejeitado três vezes pelo Parlamento, em Londres. Aos poucos, May foi se enfraquecendo, recebendo fogo-amigo até mesmo de correlegionários.


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