23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:42

Testemunha diz ter visto fumaça saindo do avião de Teori Zavascki

Um barqueiro que trabalha com passeios turísticos em Paraty (RJ) afirma ter visto fumaça saindo da asa esquerda do avião que caiu na região, nesta quinta (19), matando o ministro do Supremo Tribunal Federal Teori Zavascki e outras quatro pessoas.

Célio de Araújo, conhecido como Pelé, 50, saiu do cais de Paraty para um passeio de uma hora, com cinco adultos e uma criança a bordo do barco. Segundo o barqueiro, eles estavam próximos à ilha da Rapada, quando viram o avião, que voava baixo, se aproximando.

A aeronave, segundo Pelé, fez uma curva para a direita, bateu na água e quicou diversas vezes. O avião caiu no mar de Paraty, próximo da chamada Ilha Rasa, que fica a cerca de dois quilômetros do litoral. Paraty fica a 250 quilômetros da capital do Rio. Chovia de maneira moderada na hora do acidente, segundo a ClimaTempo. No entanto, havia grande nebulosidade e formação de raios.

A aeronave, prefixo PR-SOM, havia saído do Campo de Marte, em São Paulo, às 13h01. Segundo a Infraero e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), ela pertence à Emiliano Empreendimentos e Participações Hoteleiras, dona do hotel Emiliano.

O empresário Carlos Alberto Filgueiras, 69, fundador do grupo Emiliano, também morreu no acidente.

‘ME TIRA DAQUI’

O barqueiro Ademilson de Alcantara Mariano, 34, diz ter chegado ao local dez minutos após o acidente, que ocorreu por volta das 13h50.

De acordo com o barqueiro, a Defesa Civil e os bombeiros chegaram ao local entre 14h25 e 14h30. Notaram, ainda de acordo com Mariano, que tinha alguém vivo no avião.

Os bombeiros passaram uma corda por baixo do avião, levantando-o. Ouviram, então, a voz de uma mulher: “Me tira daqui, não estou aguentando mais”.

A equipe de resgate tentou, sem sucesso, quebrar o vidro do avião com uma marreta. Conseguiram, no entanto, fazer um buraco na fuselagem, com a intenção de levar oxigênio por meio de uma mangueira para a vítima, que acabou morrendo afogada.

(Folhapress)

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