Prefeito de Goiânia, Sandro Mabel (União Brasil) classificou como “terrorismo” o pedido de embargo do aterro sanitário da capital feito pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Semad).
Durante a coletiva de imprensa desta segunda-feira (27), Mabel voltou a descartar a possibilidade de transferir as atividades do aterro público para um local privado, afirmando reiteradas vezes que existe um esquema para que possa haver a locação de um local, custando cerca de R$ 10 milhões por mês.
A estimativa do prefeito é de que até o final do ano a situação seja estabilizada no aterro. Segundo Mabel, equipamentos especializados estão chegando ao local e trabalhadores estão sendo treinados para que possam operar as ferramentas.
Também há a expectativa de que a unidade de tratamento de chorume seja adquirida nos próximos 60 dias. Segundo ele, essa unidade vai tratar 300 mil litros de chorume por dia. Caso a instalação ocorra no tempo previsto, em fevereiro ou março ela estará funcionando.
Eu acredito que até o final desse ano a gente já tenha estabilizado a situação como um todo. Se eles [AMMA] conseguirem comprar nos próximos 60 dias, até fevereiro ou março do ano que vem nós teremos essa estação” – Sandro Mabel
Sem base técnica
Presidente da Agência Municipal do Meio Ambiente (AMMA), Zilma Peixoto disse que o relatório da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Semad), que aponta riscos no aterro sanitário de Goiânia, não apresenta base técnica nem estudos detalhados.
Um dos itens do documento questiona a ausência de um supervisor técnico no aterro, mas, segundo Zilma, existe um profissional capacitado no local, que foi elogiado pela Controladoria-Geral da União (CGU).
Segundo a titular da pasta, dos 34 itens elencados pela Semad no relatório, 20 são contestados pela Prefeitura de Goiânia por falta de base técnica, cálculos ou estudos laboratoriais.
Irresponsabilidade do MP-GO
Sandro Mabel (União Brasil) classificou como uma irresponsabilidade a cobrança de R$ 45 milhões do Ministério Público de Goiás (MP-GO) por conta do descumprimento de cláusulas previstas no Termo de Ajuste de Conduta (TAC), firmado entre o órgão e a Prefeitura de Goiânia.
Eu acho uma irresponsabilidade. Esse dinheiro, se eu pagar essa multa, eu tô tirando dinheiro que eu vou comprar equipamentos. O que essa multa vai mudar o estado do aterro? Nada – Sandro Mabel
Polo de reciclagem
Segundo Mabel, a intenção da Prefeitura de Goiânia é de que haja a criação de um “polo de reciclagem” nas imediações do aterro sanitário.
Nós vamos fazer um polo de reciclagem, já tem uma lei aprovada para isso. Nós estamos estimulando as empresas a fazer um polo para reciclar o lixo – Sandro Mabel
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