As centrais sindicais se manifestaram e disseram ser inaceitável o projeto de terceirização aprovado na Câmara na quarta-feira (22). De acordo com os sindicalistas, a proposta, que permite a terceirização de todas as atividades na empresa, é um retrocesso e condena o trabalhador à escravidão.
A Força Sindical acredita que o salário dos funcionários terá redução e que os empregados trabalharão mais, além de ficarem mais expostos a acidentes de trabalho.
“Acaba com a CLT [Consolidação das Leis do Trabalho]… O governo Temer e o Congresso Nacional atendem somente a interesses da classe empresarial”, diz nota divulgada. Apesar das críticas, o movimento diz estar aberto a diálogo com o governo.
SEGUNDA TENTATIVA
Apesar da aprovação na Câmara, Michel Temer e parlamentares aliados articulam a aprovação de um segundo projeto sobre o tema, agora pelo Senado, com mais garantias aos trabalhadores terceirizados.
Para integrantes do governo, essa é uma forma de reduzir o desgaste para o presidente, que poderá combinar a sanção e o veto de partes de cada projeto. Embora tratem do mesmo tema, os dois textos são distintos nas regras de proteção aos trabalhadores.
O que a Câmara aprovou na quarta-feira e enviou à sanção de Temer é de 1998 e traz apenas três salvaguardas genéricas aos terceirizados.
(FOLHAPRESS)
Leia Mais:
- ‘Ninguém faz limpeza melhor do que a mulher’, diz relator da terceirização
- Votação da terceirização não ameaça reforma da Previdência, diz Meirelles
- Eunício diz que Senado vai votar 2º projeto sobre terceirização
Leia mais sobre: Brasil