Em entrevista à rádio Capital na manhã desta terça (18), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o PT tem um “legado” e que se sente capacitado para disputar as eleições de 2018.
“Não acho que tem que ser eu [o candidato do partido à presidência]. Acho que tenho condições porque já provei que sou capaz de governar este país”, respondeu ao entrevistador, Eli Corrêa.
O radialista havia perguntado se ele não via outro nome no partido que não ele e como se via em uma campanha sem nomes históricos da legenda -como José Dirceu e Antonio Palocci- ao seu lado.
Lula, no entanto, não falou da possibilidade de sua candidatura ser barrada, caso a sentença que o condenou no primeira grau for confirmada em uma instância superior.
“Neste instante, a gente não deveria estar discutindo o processo contra o Lula. Deveríamos discutir como resolver os problemas do país”, afirmou o petista.
Na conversa, Lula manteve o tom de suas manifestações públicas recentes. Disse ser capaz de melhorar a situação econômica e política do país, e criticou os métodos da Lava Jato e a cobertura midiática das denúncias da Operação contra ele.
“O juiz Moro não pode continuar se comportando como um czar”, disse Lula que, ao final, afirmou que usará “cada segundo [de vida] que tiver” para provar a própria inocência. Na semana passada, ele foi condenado pela primeira vez pelo caso do tríplex no Guarujá.
O ex-presidente afirmou que, para conseguir benefícios, os investigados “delatam até a mãe” para serem soltos: “Tá cheio de delator vivendo melhor do que quando estava solto”, ele disse, “alguns com apartamento à beira-mar, em condomínio fechado”.
Também defendeu que Michel Temer (PT) deixe a presidência, para a convocação de eleições diretas. “Já está provado que Temer não tem condições de continuar governando o país. A autoridade moral dele acabou”, disse Lula.
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