23 de dezembro de 2024
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Tendência é PSD apoiar Lula no segundo turno, diz senador

Alexandre Silveira acredita que em segundo turno o apoio do PSD será para a eleição de Lula
Senador e Secretário-geral do PSD, Alexandre Silveira. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado
Senador e Secretário-geral do PSD, Alexandre Silveira. Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Secretário-geral do PSD, o senador Alexandre Silveira (MG) vê uma tendência de o partido apoiar a candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em eventual segundo turno contra o presidente Jair Bolsonaro (PL) na disputa pelo Palácio do Planalto. A declaração foi feita em entrevista ao programa Papo com Editor, do Broadcast Político, serviço de notícias em tempo real do Grupo Estado.

Silveira é presidente do PSD em Minas Gerais e um dos fiadores da aliança com o PT no Estado, que terá ex-prefeito de Belo Horizonte Alexandre Kalil (PSD) como candidato a governador. O parlamentar garante que o diretório local estará com Lula até o fim. “O PSD de Minas com certeza. O nacional, se eu pudesse dar aquilo que acho, acho que a tendência é apoiar a eleição do presidente Lula”, avaliou, sobre a possível polarização no segundo turno.

Apesar de o próprio presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, sinalizar nos bastidores que o partido deve liberar as bancadas no primeiro turno das eleições presidenciais, Alexandre Silveira não vê a orientação partidária como já definida. “Depende do quadro às vésperas da convenção, da conjuntura. Política é muito dinâmica”.

O acordo entre PSD e PT em Minas Gerais foi formalizado após o deputado federal Reginaldo Lopes (PT-MG) ceder e retirar sua pré-candidatura ao Senado em favor de Silveira. Em troca, o PT indicará o vice na chapa de Kalil, que já anunciou sua aliança com Lula nas redes sociais.

ICMS

Na entrevista ao Papo com Editor, o secretário-geral do PSD também apostou na aprovação do projeto de lei complementar do teto do ICMS sobre combustíveis no Senado. Ele entende que a pressão de governadores para barrar a proposta será vencida pela “pressão da fome”.

“Tendência é que o projeto seja aprovado. É um socorro, não é uma solução definitiva, é um remendo. Mas não deixa de ser um socorro à inflação que campeia forte e tira o poder de compra da população”, diz o senador. “Pressão maior não é do governo federal nem dos governadores, é da fome que bate à porta dos brasileiros. Quem tem fome, tem pressa. Há uma sensibilidade muito grande de que algo precisa ser feito”.

A aprovação do teto do ICMS dos combustíveis faz parte da proposta do presidente Jair Bolsonaro para tentar reduzir o preço na ponta da linha por meio de corte de impostos. Governadores, no entanto, estão em Brasília para evitar que o projeto passe, de olho no impacto sobre a arrecadação. (Por Eduardo Gayer e Gustavo Porto/Estadão Conteúdo)


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