A Defesa Civil de São Paulo confirmou neste sábado (4), seis mortes em decorrência do temporal que atingiu a capital paulista e a região metropolitana do Estado na tarde da sexta-feira (3). Além disso, vários bairros do estado amanheceram sem energia.
A motivação seria as quedas de árvores nas fiações elétricas e nos postes. Segundo registros do Corpo de Bombeiros, 1.281 chamados para quedas de árvores na capital paulista foram realizados. Ainda não se sabe em exato quantas árvores caíram na cidade em decorrência das chuvas.
Os óbitos registrados estão relacionados às quedas de árvores, muros e paredes, sendo 4 deles causados por queda de árvore. No total, 2 mortes foram registradas em São Paulo, 1 em Osasco, 1 em Santo André, 1 em Limeira e 1 em Suzano.
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), disse que a chuva que caiu na Capital, na Região Metropolitana e Baixada Santista hoje foi excepcional. “A capital paulista ficou em estado de atenção por quase 2 horas. Tivemos rajadas de ventos, em alguns locais, como na região de Congonhas que chegou a 104 km/h. Estou acompanhando às equipes, constitui um grupo de trabalho e estaremos todos empenhados para que a Cidade retome a sua normalidade o quanto antes”, escreveu Nunes em sua rede social.
Possível furacão de nível 1
No Aeroporto de Congonhas foram registradas rajadas de 103,7 km/h. Segundo o capitão da Defesa Civil de São Paulo, o número foi ainda maior no litoral sul de Santos, registrando mais de 1500 km/h. A Baixada Santista registrou um possível furacão de nível 1, com rajadas de até 151 km/h. O índice ainda não é oficial porque a metodologia exige duas medições e a segunda ainda não foi finalizada.
Em entrevista ao Caderno Regional, da Santa Cecília TV, o Capitão Roberto Farina Filho, diretor de Comunicação da Defesa Civil de SP explica: “A classificação a partir de 150 km/ h é de furacão nível 1, esse registro foi feito pela Praticagem do Porto de Santos. Estamos checando com outros equipamentos, mas se for confirmada (essa velocidade dos ventos) seria furacão mesmo”.
Mesmo com a fúria dos ventos, o diretor de Comunicação afirmou que não há registros de pessoas desalojadas na Baixada Santista. “Até o momento não temos registros de pessoas desalojadas ou desabrigadas. Todos os agentes da Defesa Civil estão nas ruas, percorrendo diversos pontos, na Baixada Santista e no Litoral Norte, para checar se as pessoas precisam de assistência ou acolhimento”, afirmou.
Previsão para os próximos dias
Apesar do temporal, a previsão para os próximos dias é mais branda, sem previsão de novas chuvas fortes. Neste sábado a previsão para São Paulo é de mínima de 15ºC e a máxima deve chegar aos 28ºC. Já no domingo (5), o dia deve ser ensolarado e não há previsão de chuva. As temperaturas previstas são de 13ºC e 26ºC.
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