Pelo menos cinco carros foram arrastados durante o temporal com forte enxurrada na tarde de sexta-feira (29), em Goiânia, quando choveu 250 milímetros em poucas horas. Vídeos gravados por moradores e transeuntes no Parque Amazônia, Bairro Feliz e Parque Industrial João Braz, mostram a força da água levando carros, inundando casas e estabelecimentos e até arrastando um homem, cenas que deixaram muitas pessoas desesperadas.
Foi no Parque Amazônia que a enxurrada arrastou um homem, que ficou preso embaixo de uma caminhonete e se afogou. A informação é de que o homem tentava ajudar outra pessoa, uma idosa de mais de 80 anos que não conseguia se equilibrar e estava abraçada em um poste na Avenida José Leandro da Cruz, no Parque Amazônia. O homem acabou sendo levado.
Segundo o Corpo de Bombeiros, um bombeiro que passava pelo local durante o temporal conseguiu resgatá-lo com a ajuda de populares e prestou os primeiros socorros. Uma viatura do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamada, estabilizou a vítima e a levou para o Hospital de Urgências de Goiânia, onde ele permanece internado.
No Setor Parque Industrial João Braz, a água estava entrando dentro de casas e até de uma fábrica com a força do temporal.
No último temporal severo, dia 13, uma mulher morreu em Goiânia arrastada pela enxurrada que atingiu a motocicleta onde ela estava com o marido. A pequena empresária Daniella Magalhães Vila Nova, de 41 anos, foi levada pela forte enxurrada na divisa entre os bairros Santos Dumont e Recreio São Joaquim.
Temporal com recorde de chuvas
O Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo) avaliou que choveu 267,2 milímetros em Goiânia na tarde de sexta-feira, o que um volume considerado altíssimo.
Desde que a coleta dos dados das chuvas teve início, em 1961, o novembro de 2024 alcançou recorde na série histórica, com o índice mais alto (431.9 mm). O gerente do Cimehgo, André Amorim, aponta que o aumento das chuvas ocorre por uma sequência de fenômenos naturais em novembro de 2024, mas que já era previsível desde outubro.
O especialista explica: “Correntes de vento conduziram este clima para as regiões mais centrais do Estado de Goiás. Também existe uma frequência maior de frentes frias, vistas na semana passada e retrasada, que potencializaram as chuvas”.
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