23 de dezembro de 2024
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Tempestade de poeira encobre cidades em SP e MS

A tempestade de poeira já havia atingido as regiões de Ribeirão Preto e Franca,. (Foto: (Foto: Reprodução/MetSul Meteorologia)
A tempestade de poeira já havia atingido as regiões de Ribeirão Preto e Franca,. (Foto: (Foto: Reprodução/MetSul Meteorologia)

Tempestades de poeira voltaram a encobrir cidades e assustar os moradores, na tarde desta sexta-feira, 1º, no interior de São Paulo. O fenômeno atingiu as regiões de Presidente Prudente e Araçatuba, no oeste paulista. Cidades da região nordeste de Mato Grosso do Sul também foram afetadas pelas nuvens de poeira.

Desta vez, o fenômeno veio acompanhado por fortes rajadas de vento e pancadas de chuva. Até o fim da tarde, havia registro de uma vítima, ferida pela queda de uma telha. Várias cidades ainda estavam sem energia.

A tempestade de poeira já havia atingido as regiões de Ribeirão Preto e Franca, no norte do Estado, e o sul de Minas Gerais, no último domingo. De acordo com a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, o fenômeno conhecido como “haboob” é causado por temporais com ventos fortes que, em contato com o solo muito seco, formam uma espécie de rolo compressor de sujeira que pode chegar a até 10 quilômetros de altura.

Foi o que aconteceu em Presidente Prudente, Andradina e Penápolis, por volta das 15 horas. A densa nuvem de poeira encobriu as áreas urbanas e atingiu a zona rural. Em Penápolis, o vento forte causou destelhamento de casas, quedas de árvores e rompimento da fiação elétrica. Segundo a prefeitura, a região central ficou sem energia, deixando o trânsito em situação de caos.

Em Presidente Prudente, a tempestade de poeira derrubou fios energizados e árvores, quebrou vidraças e arrancou placas de publicidade. Houve danos no aeroporto estadual, com a quebra de vidros no saguão de embarque e desembarque de passageiros. Na Rodovia Raposo Tavares (SP 270), um caminhão tombou após ser envolvido pela tempestade. Houve danos no Recinto de Exposições. De acordo com a Defesa Civil, o vento teve rajadas de 80 quilômetros por hora.

Em Dracena, o temporal com nuvem de poeira causou destelhamentos e danos em casas e prédios públicos. No Centro Dia do Idoso, uma funcionária ficou ferida após ser atingida por uma telha. Ela foi levada para o Pronto Atendimento Municipal. A tempestade de poeira atingiu também Regente Feijó e Teodoro Sampaio. A Energisa Sul-Sudeste informou que a rede elétrica foi atingida por quedas de árvores e lançamento de galhos, causando interrupção no fornecimento de energia.

Em Pereira Barreto, moradores relataram susto com a chegada da tempestade de poeira encobrindo o céu. O comerciante Moacir da Silva, morador da cidade, usou o celular para filmar a chegada do temporal. Segundo ele, depois que a nuvem de pó se dissipou, começou a chover. A prefeitura registrou quedas de árvores e destelhamentos na cidade.

Conforme o climatologista Vagner Camarini, a tempestade de poeira é um fenômeno comum nesta época do ano, quando o solo está mais exposto, pelo longo período de estiagem. Segundo ele, a chegada de uma frente fria causou uma espécie de choque térmico, produzindo rajadas de vento. Normalmente, segundo explicou, o fenômeno acontece no período de transição da estação seca para a mais úmida.

Poeirão

Em Mato Grosso do Sul, tempestades de poeira foram registradas em Três Lagoas e Nova Alvorada do Sul, próximas da divisa com São Paulo, e também na capital, Campo Grande. Em Três Lagoas, os ventos chegaram a 68 quilômetros por hora, segundo a Defesa Civil estadual.

Após a passagem da nuvem com pó e detritos, caiu um temporal. Foram registrados estragos no prédio da Secretaria Municipal da Cultura e as atividades foram suspensas. Na capital, o poeirão encobriu vários bairros e obrigou os moradores a se trancarem em casa.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo. Por José Maria Tomazela – Estadão conteúdo

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