23 de novembro de 2024
Política

‘Temos uma Justiça analógica para lidar com problemas virtuais’, afirma Haddad

Fernando Haddad (José Cruz/Agência Brasil)
Fernando Haddad (José Cruz/Agência Brasil)

O presidenciável Fernando Haddad (PT) afirmou a jornalistas na tarde desta sexta-feira (19) que o país tem uma Justiça analógica para lidar com problemas virtuais. 

Ele comentava reportagem da Folha de S.Paulo que revelou nesta quinta (18) que empresários pagaram até R$ 12 milhões para comprar disparos em massa contra Haddad no Whatsapp.

O PT entrou com pedido na Justiça para que Bolsonaro fique inelegível por oito anos.

O petista também sugeriu que a eleição já foi comprometida em outras esferas, argumentando que parlamentares foram eleitos em meio a este contexto de irregularidades.

Haddad participou de um evento no Clube da Engenharia, no centro do Rio de Janeiro.

Em discurso para apoiadores, criticou a cobertura do Jornal Nacional sobre o caso revelado pela Folha de S.Paulo, tratado pelo petista como um “tsunami cibernético”.

Haddad disse que assiste pouco ao programa, mas que ficou curioso sobre como o JN trataria uma denúncia do maior jornal do país.

“[O Jornal Nacional disse que] o Haddad está acusando o Bolsonaro disso e daquilo. Mas não fui eu que fiz a reportagem, eu só estava verbalizando uma indignação.”

Haddad também lamentou que a repórter da Folha de S.Paulo tenha sido ameaçada após a divulgação da matéria que revelou o financiamento dos empresários no Whatsapp.

“A repórter está sendo ameaçada, evidentemente, porque meu adversário não convive bem com o jornalismo livre. E nós não temos jornalismo livre, quatro famílias controlam a comunicação no Brasil”, disse.

“Quem batia no peito dizendo que a Justiça Eleitoral não iria aceitar fake news [ficou em] silêncio absoluto sobre a denúncia de ontem.”

O petista também voltou a chamar Bolsonaro para debater e disse que não sabe contra quem está concorrendo. 

Haddad afirmou aos apoiadores, ainda, que o país teve que voltar a defender pautas dos anos 50, como a Petrobras e a CLT, e dos anos 70, como a Amazônia e a soberania nacional.

Ele disse que Bolsonaro invoca uma tradição do regime militar que não representa. Para Haddad, a ditadura tinha um viés nacionalista, enquanto o candidato do PSL é entreguista.

Leia mais:

TSE adia entrevista coletiva em que responderia sobre fake news e crimes eleitorais


Leia mais sobre: Política