28 de novembro de 2024
Brasil

Temer é hostilizado e deixa às pressas local de desabamento em SP

Prédio desabou durante incêndio (Foto: Corpo de Bombeiros de São Paulo)
Prédio desabou durante incêndio (Foto: Corpo de Bombeiros de São Paulo)

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O presidente Michel Temer (MDB) foi ao largo do Paissandu, no centro de São Paulo, onde um prédio ocupado por movimento de sem-teto desabou nesta terça-feira (1º). Hostilizado, ele deixou o local rapidamente.

O carro em que estava o presidente foi chutado e atingido por objetos arremessados por moradores e deixou o local às pressas. “Não poderia deixar de vir, sem embargo dessas manifestações, afinal estava em São Paulo e ficaria muito mal não comparecer”, disse Temer, sob gritos de golpista.

Segundo o presidente, as cerca de 150 famílias que moravam no prédio receberão ajuda .”Serão tomadas providências para dar assistência não só aqueles que perderam seus entes queridos, mas também a quem perdeu sua residência”, afirmou ele, que ficou cerca de cinco minutos no local.

Hostilizado, Temer deixou o local às pressas e na saída dos dois carros da comitiva do presidente uma jornalista chegou ser prensada entre os veículos. Ela, porém, não se machucou.

Ainda durante a madrugada, o governador de São Paulo, Márcio França (PSB) também foi ao local e disse que as famílias desabrigadas serão cadastradas e levadas para abrigos, e também podem se candidatar a receber aluguel social para procurarem um novo lugar para viver.

Ele também chamou o caso de “tragédia anunciada”.

“Não tem a menor condição de morar lá dentro. As pessoas habitam ali, desesperadas. Volto a repetir que essa era uma tragédia anunciada”, continuou.

De acordo com o governador, são pelo menos 150 imóveis ocupados irregularmente no centro de São Paulo, a maioria deles de particulares.

França também citou dificuldade em desocupar prédios por conta de liminares.

“Essa subabitação não tem solução, essas pessoas precisam ser tiradas daí. É preciso boa vontade e compreensão do Ministério Público e da magistratura para não dar liminares. Porque quando dão liminares, as pessoas vão ficando lá e quando acontece uma tragédia dessas todo mundo fica triste. Vamos torcer para que tenha alguém ainda vivo ali embaixo”.

Durante a manhã, o prefeito Bruno Covas, , disse à imprensa que já estava em tratativas com a União para tomar conta do lugar. “A prefeitura agiu no limite de sua função. Cadastramos as famílias e já estávamos buscando receber esse prédio.”

O prefeito disse que agora a prioridade é prestar auxílio aos atingidos. Segundo ele, 191 pessoas foram atendidas nos abrigos da capital.

Cerca de 150 famílias que moravam no prédio que caiu foram cadastradas pela secretaria de habitação. Destas, 25% eram de estrangeiros.

Bruno Covas não soube dizer quantos prédios estão invadidos na capital. “Sabemos que oito prédios do entorno estão na mesma situação deste que pegou fogo”, afirmou o prefeito.

(FOLHA PRESS)

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