O presidente Michel Temer viaja neste domingo (23) para Nova York (Estados Unidos), onde participará da cerimônia de abertura da 73ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU). Ele embarca no início da tarde, na Base Aérea de Brasília. Nos EUA, ele defenderá o multilateralismo e terá reuniões com líderes regionais, além do secretário-geral da ONU, o protuguês António Guterres.
Por tradição, o presidente do Brasil é sempre o primeiro país a discursar desde a 10ª sessão da cúpula. A abertura da assembleia deste ano será no dia 25 pela manhã.
O discurso do presidente vai valorizar o multilateralismo e o papel da ONU, segundo o subsecretário-geral de Assuntos Políticos Multilaterais do Ministério das Relações Exteriores, embaixador Nelson Antonio Tabajara de Oliveira.
Negociações
Temer deve se reunir com o secretário-geral da ONU, António Guterres. Também terá dois compromissos, primeiro uma reunião bilateral com o presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez. Em seguida, participará de uma reunião com presidentes do Mercosul, bloco que reúne Brasil, Argentina, Uruguai e Argentina.
Mercosul e União Europeia buscam negociar acordos comerciais há mais de 18 anos. Em Nova York, líderes dos dois blocos devem voltar a se reunir para debater as questões. Ainda estão pendentes questões controversas no setor automotivo, na área de propriedade intelectual, em especial sobre regras de patentes de medicamentos, indicações geográficas e serviços marítimos.
Também há indefinições em torno das regulações sobre as exportações de açúcar e carne, sobretudo depois da Operação Carne Fraca, também estão entre os temas “delicados”.
EUA
Antes da abertura da assembleia na ONU, Temer participa amanhã (24) de um almoço oferecido para ele, na Câmara de Comércio dos Estados Unidos. O presidente embarca de volta para o Brasil ainda no dia 25, após a reunião dos líderes do Mercosul.
O comércio internacional sofre uma série de impactos gerados pelas disputas que envolvem os Estados Unidos, China e União Europeia. Há, ainda, as questões nucleares em torno dos Estados Unidos, Coreia do Norte e Irã, e a crise por que passa a Argentina. (Agência Brasil)
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