A decisão do presidente Michel Temer de retirar da reforma da Previdência funcionários públicos de Estados e municípios atinge 68,3% dos servidores brasileiros.
Somados os 364 mil militares (que tecnicamente não são considerados servidores), a porcentagem é de 69,8%.
Continuam incluídos na proposta os servidores civis da União e 1,47 milhões de servidores de municípios que não possuem regime próprio de Previdência (o correspondente a 40% dos municípios do país).
Esses últimos seguem as regras do regime geral de Previdência, o mesmo dos trabalhadores do setor privado.
A decisão de retirar servidores públicos estaduais e parte dos municipais da reforma da Previdência foi motivada pela constatação de seus articuladores políticos de que o governo não tem os 308 votos necessários para aprovar a reforma como foi enviada ao Congresso.
Líderes partidários no Congresso disseram ao Planalto que a mudança terá efeito significativo no placar da reforma no plenário da Câmara.
Um deles estimou, em caráter reservado, que a redução da pressão de corporações estaduais ajudará a consolidar, a favor da reforma, votos de até 100 deputados indecisos. (Folhapress)
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