Na tentativa de demonstrar normalidade administrativa, o presidente Michel Temer recuou nesta segunda-feira (3) e decidiu participar do encontro do G20, que será realizado nos dias 7 e 8 de julho na Alemanha.
A informação foi confirmada pelo Palácio do Planalto. Em conversas reservadas, o peemedebista já vinha dizendo que participaria dos dois dias de encontros com chefes de governo estrangeiros em Hamburgo.
A ideia é que ele embarque na quinta-feira (6) e retorne ao Brasil no sábado (8). Na semana passada, a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto havia afirmado que o peemedebista não participaria do encontro.
O objetivo era ele se concentrar na votação da reforma trabalhista, no Senado, e na análise de denúncia contra ele por corrupção passiva, na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara.
Segundo a reportagem apurou, a mudança deveu-se ao esforço do presidente de demonstrar que seu governo não está paralisado em decorrência da denúncia apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Caso não participe da reunião, o peemedebista será o primeiro presidente brasileiro a não viajar ao G20 desde 2010.
Naquele ano, houve duas cúpulas de chefes de governo e o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva não compareceu a uma delas.
Em julho, Temer deve viajar também a Mendoza, na Argentina, quando o Brasil assumirá a presidência do Mercosul. Ela está marcada para o final do mês.
Na semana passada, quando o presidente estava em viagem à Rússia e à Noruega, o Palácio do Planalto sofreu derrota na CAS (Comissão de Assuntos Sociais), que recusou relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) da reforma trabalhista.
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