12 de agosto de 2024
Brasil

Temer diz que gestos irresponsáveis desestabilizam o país

Sem citar nomes, o presidente Michel Temer criticou nesta segunda-feira (2) em São Paulo pessoas sem “brasilidade em seu coração” que causam, nas palavras dele, embaraços ao seu governo.

“Nestes quase dois anos de governo, não foram poucos os embaraços e as oposições que nós sofremos, até [de] gente disposta a desestabilizar o país com gestos extremamente irresponsáveis, que têm naturalmente repercussão internacional”, afirmou.

“E as pessoas que agem dessa maneira”, seguiu Temer, “não se apercebem, ou seja, não sentem brasilidade em seu coração, porque sabem que gestos desta natureza comprometem com problemas nos aspectos internacionais”.

O presidente deu a declaração num fórum da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira, realizado em um hotel da zona sul da capital. Ele fez discurso enaltecendo a recuperação econômica do Brasil sob sua gestão.

“Apesar de tudo isso [oposições], nós vencemos todas as dificuldades”, disse Temer.

Mais cedo, em Brasília, o presidente fez críticas indiretas à operação que prendeu alguns de seus amigos mais próximos, na semana passada.

Durante a posse de novos ministros, ele cobrou união e diálogo diante do que chamou de problemas, defendeu as instituições e o respeito à Constituição.

Nos bastidores, a fala foi vista como uma referência a excessos que o presidente enxergou na Operação Skala, que prendeu dez pessoas, entre elas o advogado José Yunes e o coronel João Baptista Lima, amigos de décadas do emedebista.

Além de Henrique Meirelles (Fazenda), que é pré-candidato a presidente e enumerou ações do governo para recuperar a economia, também estavam no fórum em São Paulo com o presidente os ministros Carlos Marun (Secretaria de Governo) e Dyogo Oliveira (Planejamento).

Todos saíram sem falar com a imprensa. À noite, o presidente terá um compromisso em Santos, a cerimônia de abertura do 62º Congresso Estadual de Municípios.

Temer, que é de família de origem libanesa, convidou a plateia formada por empresários e investidores a injetar recursos no Brasil e defendeu o estreitamento de laços com os países árabes.

“Por mais que as pessoas protestem ou por mais que as pessoas tentem segurar o desenvolvimento do país, não conseguem”, disse ele. (Folhapress) 

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