O presidente Michel Temer defendeu nesta segunda-feira (7) a liberdade da imprensa no país e ressaltou a importância do exercício do contraditório feito por veículos de comunicação em relação a medidas governamentais.
Em cerimônia de assinatura de termos para migração de rádios AM para FM, o peemedebista ressaltou que o sistema democrático possibilita que programas e propostas sejam discutidos na esfera pública, favorecendo o debate de ideias no país.
“Nós temos no texto constitucional a determinação da liberdade plena da imprensa e ela permite o contraditório e a contraposição às ideias. A vantagem de não estarmos em um sistema jurídico e político centralizador e autoritário é permitir o debate das ideias. Quando o governo faz ou vai fazer alguma coisa, em seguida, pode ouvir uma objeção e contraobjetar com aqueles que realmente pensam nas melhoras do nosso país”, disse.
O peemedebista ressaltou que o poder público não tem a intenção de que os veículos de comunicação patrocinem iniciativas do governo federal, mas que divulguem as medidas, promovendo um debate que pode ser tanto a favor delas como contrário a elas.
“Muitas vezes não se quer que a emissora simplesmente patrocine ou apadrinhe a tese tal qual. O que queremos é divulgar as teses. Se houver debate a favor ou contra, tanto faz. O importante é levar ao conhecimento de todos o que se está fazendo pelo Brasil”, disse.
Segundo ele, ao se comunicarem com a sociedade brasileira, os veículos de imprensa “ajudam o Brasil a impedir que ele naufrague”.
O presidente assinou termo nesta segunda-feira (7) que autoriza 244 emissoras de rádio AM a migrarem para a faixa de FM.
No evento, no Palácio do Planalto, o arcebispo de Aparecida, cardeal Dom Raymundo Damasceno, fez uma bênção às emissoras de comunicação beneficiadas com a iniciativa.
No discurso, o presidente também reconheceu que medidas recentes do governo federal, como o teto de gastos públicos e a reforma previdenciária, podem gerar impopularidade. Ele, ressaltou, contudo, que a sua preocupação não é apenas com o momento atual.
“Gastar mais do que é possível pode gerar popularidade e restringir o gasto pode gerar inicialmente impopularidade, mas não pensamos apenas no Brasil de hoje, mas no Brasil de amanhã”, disse.
Folhapress
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