Minutos depois de fazer pronunciamento no Palácio do Planalto em que diz que não renunciará ao mandato, o presidente Michel Temer chamou a ser gabinete ministros do PSDB para pedir que eles permaneçam em seus cargos e mantenham o apoio do partido ao governo.
Temer recebeu os ministros Antônio Imbassahy (Secretaria de Governo) e Aloysio Nunes Ferreira (Relações Exteriores) para pedir o compromisso da sigla com o governo durante a crise aberta com a acusação de que o presidente agiu para comprar o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
O PSDB começou a discutir nesta quinta-feira (18) a entrega de seus cargos no governo federal e a defesa da renúncia de Temer. A sigla ocupa quatro ministérios: Secretaria de Governo, Relações Exteriores, Cidades e Direitos Humanos.
A estratégia do governo é tentar manter a coesão da base aliada para evitar que a turbulência provocada pela delação do empresário Joesley Batista inviabilize o funcionamento do governo.
Articuladores políticos do governo já preveem o desembarque do PPS e do PSB do governo. O ministro Roberto Freire (Cultura), do PPS, já afirmou que vai entregar sua carta de demissão ao presidente.
Com essas baixas, o Planalto vai atuar para tentar manter o compromisso de alguns parlamentares dessas siglas ao governo, sob o pretexto de preservar parte da estabilidade da agenda de reformas de Temer.
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