21 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:41

Temer cancela encontro para discutir Plano Nacional de Segurança

O presidente Michel Temer cancelou a reunião que faria nesta quarta-feira (18) com todos os governadores do país para tratar da adesão ao Plano Nacional de Segurança.

A ideia agora é que Temer faça encontros regionais para discutir a participação das Forças Armadas em vistorias nos presídios estaduais, sendo o primeiro deles nesta quarta, com governadores da região Norte e do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

O cancelamento ocorre no mesmo dia em que secretários estaduais de Segurança e de Administração Penitenciária cobraram do ministro Alexandre de Moraes (Justiça) a criação de uma vinculação orçamentária para a segurança pública, a exemplo do que já existe para saúde e educação.

Temer decidiu avaliar a criação dessa vinculação. Na tentativa de dar uma resposta à crise prisional, o peemedebista pretende tratar do tema com governadores e com a equipe econômica para definir um porcentual a ser enviado ao Congresso Nacional.

Na reunião que acabou sendo cancelada, o presidente Michel Temer pretendia cobrar dos governadores o compromisso de acelerar a construção de cadeias e de reestruturar o sistema de inteligência prisional do país. A ideia era que os governadores assinassem uma carta de intenções sobre as contrapartidas em relação aos investimentos federais.

A principal medida prevista no Plano Nacional de Segurança para a questão penitenciária é a construção de novos presídios. O governo estuda fazer as obras de novas unidades ou novas alas em módulos, um método mais rápido de construção.

Os secretários e Moraes se reuniram em Brasília para tratar da adesão dos Estados ao Plano Nacional de Segurança. Ao saírem da reunião com Moraes, defenderam o combate ao crime organizado como prioridade, especialmente nos Estados de fronteira das regiões Norte e Centro-Oeste. Um dos pedidos dos secretários foi para que Moraes dialogue com o Ministério da Defesa para que as Forças Armadas participem mais ativamente do policiamento nas fronteiras.

(FOLHAPRESS)

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