Após ameaça do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em suspender por 72 horas o Telegram, por volta das 14h30 desta quarta-feira (10), a plataforma apagou o texto contra o PL das Fake News que havia publicado nesta terça-feira (9).
Conforme determinado pelo ministro, caso o aplicativo não cumprisse a ordem, ele seria suspenso por um período de 72 horas. Assim, o relator do inquérito das fake news na Suprema Corte, deu prazo de uma hora para a remoção da mensagem.
Após determinação, por volta das 16 horas de hoje, o Telegram iniciou o disparo de mensagens. Conforme o texto, a mensagem anterior caracterizou flagrante e ilícita desinformação atentatória ao Congresso Nacional, ao Poder Judiciário, ao Estado de Direito e à Democracia Brasileira.
Ainda nesta terça-feira (9), o Telegram fez um disparo de mensagem aos seus usuários se colocando contra o projeto de lei 2630, que está em tramitação na Câmara dos Deputados. A empresa afirmou que “o Brasil está prestes a aprovar uma lei que irá acabar com a liberdade de expressão”.
Integrantes do governo Lula (PT), do Congresso Nacional e do Ministério Público reagiram à mensagem.
Segundo o texto do Telegram, o projeto daria ao governo “poderes de censura sem supervisão judicial prévia”. A empresa estimula os usuários a entrarem em contato com deputados.
No texto enviado aos usuários, o Telegram afirma que “a democracia está sob ataque no Brasil” e diz que a Câmara deve votar o projeto em breve, criticando a alteração do texto, que teve novos artigos incluídos.
“Veja como esse projeto de lei matará a internet moderna se for aprovado com a redação atual. Caso seja aprovado, empresas como o Telegram podem ter que deixar de prestar serviços no Brasil”, diz a nota.
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