A tarifa do transporte coletivo em todo o país pode subir até 50%. O alerta foi lançado pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU). A entidade diz que o governo federal é omisso, enquanto o déficit do setor cresce.
De acordo com a NTU, os reajustes de salários de motoristas e cobradores, aliado à inflação alta, deve levar ao aumento das passagens.
“Os prejuízos acumulados conjuntamente pelas empresas que operam os serviços de transporte público por ônibus urbano em todo o país e pelos poderes públicos concedentes já alcançam R$ 21,37 bilhões desde março do ano passado, decorrente da queda do número de passageiros e da obrigatoriedade de manutenção da oferta para garantir o distanciamento social devido à pandemia da Covid-19”, alerta a associação.
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Esse prejuízo, afirma a NTU, já fez com que 52 empresas suspendessem a prestação dos serviços ou permanecessem sob intervenção ou recuperação judicial, até o momento.
Na Região Metropolitana de Goiânia, o quadro também é dramático. “Hoje, as empresas estão sob o regime do plano emergencial, o que garantiu o pleno funcionamento do serviço neste período de pandemia da Covid-19. No entanto, para 2022, temos uma grande expectativa que Estado e prefeituras envolvidas, especialmente Goiânia, possam, de fato, reformular e reestruturar o sistema, na busca pela melhoria do serviço, atração de passageiros e equilíbrio no sistema”, diz presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano e Passageiros da Região Metropolitana de Goiânia (SET), Adriano Oliveira.
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