Muitos dizem que está longe para falar da próxima eleição presidencial, mas os políticos já começaram a se articular. Dentro disso, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), já teria dito ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que não pretende se candidatar a presidente em 2026.
A informação foi confirmada pela assessoria de Bolsonaro, por interlocutores do governador paulista e divulgada pela CNN, na noite desta sexta-feira (14), enquanto Bolsonaro estava em Goiânia. A declaração, porém, teria ocorrido no encontro que eles tiveram a sós após a crise pelo apoio de Tarcísio à reforma tributária, na última semana.
A conversa, porém, foi além de articulação política e nomes conservadores para presidente em 2026, já que Tarcísio também manifestou incômodo com as acusações da base bolsonarista sobre ele é traidor de Bolsonaro. Após o encontro, as informações reveladas são de que a relação entre ambos esta estabilizada.
Após a “saída” de Tarcísio de Freitas como possível candidato a presidente em 2026, porém, agora aparece o governador Ronaldo Caiado (União Brasil) como candidato, já que ele estará encerrando oito anos frente ao governo de Goiás e terá “caminho livre”. Apesar de não ser um nome forte circulando nacionalmente, há quem fale sobre a possibilidade.
O que poucos percebem, porém, é que isso tem incomodado Bolsonaro de forma indireta. Sempre que perguntado sobre a candidatura de outros nomes do seu clã para 2026, o ex-presidente faz questão de lembrar que não está morto, apenas na “UTI”, em metáfora à sua inelegibilidade de oito anos.
Isso mostra que, de certa forma, Bolsonaro tem esperanças de conseguir reverter sua condenação e, quem sabe, voltar a se candidatar. Em Goiânia, nesta sexta-feira (14), porém, o ex-presidente chegou a comentar sobre o futuro político do governador de Goiás. Ele disse que “todo o Brasil” considera Caiado como pré-candidato a presidente do país. Mas, será que ele realmente acredita no que diz?
Ronaldo Caiado, por sua vez, afirmou que já se colocou “dentro do partido”, para ser candidato. “Não deve ser apenas um desejo pessoal, mas sim um sentimento partidário. É necessário pela estrutura e também pela base, além de uma experiência suficiente, que já tenho”, disse.
Voltando a Tarcísio, o governador de SP tem procurado sair dessa tangente e chegou a se manifestar que se sente pressionado a se posicionar mais claramente como pré-candidato, seus consultores, porém, teriam o alertado para se concentrar a entregar as promessas de campanha, como o fim da Cracolândia. Esses consultores, segundo a CNN, tem dito a ele para evitar o que classificam de “síndrome de Dória”, uma alusão a forma como o ex-governador João Doria antecipou seu interesse em disputar o Palácio do Planalto.
De toda forma, esse cenário pode mudar a qualquer momento nos próximos dois anos, quando um nome da ala conservadora venha a ser definitivamente escolhido. Caiado, Tarcísio, ou mesmo Bolsonaro, só o tempo dirá quem deles deverá ser candidato a presidente em 2026.
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