O atacante Paolo Guerrero, da seleção peruana e do Flamengo, teve seu recurso aceito pelo Tribunal Federal da Suíça e foi liberado para disputar a Copa do Mundo.
Guerrero teve sua suspensão por doping aumentada de seis para 14 meses pela Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) no mês passado e, até a decisão da Justiça suíça, não poderia disputar o Mundial pela seleção peruana. A corte já declarou que não se oporá à decisão do Tribunal, que concedeu um efeito suspensivo em relação a pena -o que significa que o jogador deverá cumprir a punição futuramente.
A nova pena imposta ao peruano gerou comoção entre os jogadores de futebol. Os capitães de França, Austrália e Dinamarca, que enfrentarão o Peru na fase de grupos da Copa, defenderam publicamente a participação de Guerrero na competição.
Teste antidoping realizado por Guerrero após jogo contra a Argentina, válido pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 e disputado no dia 5 de outubro do ano passado, denunciou a presença de benzoilecgonina, metabólito presente na cocaína.
A contraprova também deu positiva, o que fez com que o centroavante fosse acusado de descumprir o regulamento da Fifa.
A principal estratégia da defesa foi a alegação de contaminação cruzada com folhas de coca através de chá antigripal ingerido pelo camisa 9 antes do jogo contra a Argentina.
O jogador foi um dos destaques de seu país nas eliminatórias para o Mundial, na volta do Peru à Copa após 36 anos.
Os peruanos estão no grupo C da competição ao lado de França, Austrália e Dinamarca.
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