19 de novembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 00:19

Suspeito de terrorismo tem morte cerebral após ser espancado em prisão

O detento Valdir Pereira da Rocha, 36, preso em julho na Operação Hashtag da Polícia Federal, suspeito de ter ligações com o Estado Islâmico e integrar grupo que planejava atentado terrorista que poderia atingir a Olimpíada do Rio de Janeiro, teve morte cerebral decretada na tarde desta sexta-feira (14), após ter sido agredido por detentos da Cadeia Pública de Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá (MT).

De acordo com a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos do Estado, Rocha foi espancado por volta das 12h e chegou a ser socorrido e encaminhado para o pronto-socorro de Várzea Grande, onde teve a morte cerebral decretada seis horas depois. Ele havia sido transferido para Várzea Grande um dia antes, na quinta-feira (13).

A família já foi avisada e está no pronto-socorro, mas não autorizou até o momento o desligamento dos aparelhos. 

Segundo a Secretaria, a Polícia Judiciária Civil irá investigar as causas da morte cerebral e identificar se os autores da agressão eram companheiros de cela de Rocha ou outros detentos.

A Cadeia Pública de Várzea Grande tem 350 vagas e conta atualmente com 348 presos.

Operação Hashtag

Em julho, a Polícia Federal expediu mandado de prisão contra 12 suspeitos de estarem envolvidos com terrorismo durante a Olimpíada do Rio de Janeiro. O grupo, do qual fazia parte Valdir Pereira da Rocha, estava em uma lista de pessoas monitoradas pelo governo.

A operação foi a primeira ação anti-terror da PF depois da aprovação da lei que tipificou os crimes dessa natureza.

A lista foi elaborada a partir do comportamento dos cidadãos -brasileiros e estrangeiros que vivem em território nacional- na internet. A maioria dos rastreados, entrou na mira por adotar conduta suspeita ao entrar mais de duas vezes nos portais ou peças de propaganda com conteúdo de exaltação a grupos extremistas.

Em 2002, Rocha e outro dos suspeitos detido, Leonid El Kadri de Melo, já haviam sido condenados a seis anos de prisão por roubo qualificado e homicídio. Juntos, cumpriram pena em Araguaína (TO).

Suspeitos

13 pessoas são investigadas por associação com o terrorismo.

(Folhapress)

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