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Suspeito de simular “incêndio acidental” após matar esposa e filho é condenado

Por 5 meses atrás

Um homem, identificado como Marcelo Alves da Silva, foi condenado a 66 anos de prisão por matar a esposa, de 30 anos, e o filho, de 2 anos. Após o crime, Marcelo teria simulado um incêndio acidental para acobertar. A informação foi divulgada pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) na sexta-feira (05), mas o caso aconteceu em maio de 2022, em São Domingos, município localizado na região do Nordeste goiano.

Marcelo Alves responde por feminicídio e homicídio qualificado, além de destruição de cadáver, fraude processual e incêndio. A Justiça entende que o motivo do crime foi torpe, com emprego de recurso que impossibilitou a defesa das vítimas e que as mortes foram planejadas, já que o homem suspeitava que a esposa estava o traindo e que o filho não seria dele.

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De acordo com o Ministério Público, um outro homem também foi condenado durante um julgamento realizado na quinta-feira (04), Isaque de Sousa Rodrigues, que teria sido contratado por Marcelo para ajudá-lo nos homicídios. Para Isaque, a pena foi fixada em mais de 42 anos e 99 dias-multa, e responde por dois homicídios qualificados, crimes de vilipêndio a cadáver, destruição de cadáver, fraude processual e incêndio.

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Investigação

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O Ministério Público informou que na madrugada em que os crimes foram cometidos, Marcelo chegou primeiro na casa e liberou a entrada de Isaque. Então, matou a esposa asfixiada e sufocou o filho com um tecido. Isaque admitiu que participou do crime e relatou que perfurou o pescoço da mulher com uma faca a mando de Marcelo, mas que não encostou na criança.

Para esconder o crime, Marcelo teria jogado acetona nos corpos da esposa e do filho e mandou o comparsa atear fogo na casa. Conforme as investigações, a mulher foi morta uma hora antes de o marido deixar a casa para ir trabalhar. Segundo o sogro, ao receber a notícia do incêndio, o homem já dava como certa a morte da esposa e do filho.

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Além disso, testemunhas informaram que estranharam o fato de Marcelo não ter demonstrado tristeza durante o velório.

Marcelo foi preso três dias após o crime e a delegada Lucilene Guimarães dos Santos, titular da delegacia de São Domingos, relatou que o homem demonstrava pressa para levantar dinheiro e demonstrou desprezo pelas mortes, sendo isso prova de que ele pretendia fugir.

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Maria Paula

Jornalista formada pela PUC-GO em 2022 e MBA em Marketing pela USP.