05 de dezembro de 2025
Investigação • atualizado em 12/01/2025 às 14:36

Suspeito de matar duas pessoas em assentamento do MST é preso em São Paulo

O suspeito de ser o mentor intelectual do ataque atuou junto a dez criminosos e foi preso pela Polícia Civil de São Paulo no sábado (11)
Gleison Carvalho e Valdir Nascimento foram mortos a tiros. Outras seis pessoas ficaram feridas. Foto: Reprodução/MST
Gleison Carvalho e Valdir Nascimento foram mortos a tiros. Outras seis pessoas ficaram feridas. Foto: Reprodução/MST

Um homem suspeito de matar duas pessoas no assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Tremembé, foi preso pela Polícia Civil de São Paulo, no sábado (11). O crime aconteceu na noite de sexta-feira (10) no assentamento Olga Benário, na Estrada Canegal, por volta das 23 horas.

As vítimas fatais foram Valdir do Nascimento, o Valdirzão, de 52 anos, que era uma das lideranças do assentamento, e Gleison Barbosa de Carvalho, de 28 anos, foram executados a tiros. Além deles, outras seis pessoas ficaram feridas e precisaram ser encaminhadas ao hospital local.

O suspeito de ser mentor intelectual do crime foi identificado como Nero do Piseiro. Ele foi reconhecido por testemunhas que viram os criminosos chegando ao local.

O delegado seccional de Taubaté, Marcos Ricardo Parra, afirmou durante coletiva de imprensa, que o homem, de 41 anos, confessou o crime. “Não só confessou, como ele está indicando onde podem ser encontradas as demais pessoas [que participaram do ataque]”, disse.  

O acusado já possui passagem por porte ilegal de arma de fogo. O caso foi registrado na Delegacia de Taubaté como homicídio, tentativa de homicídio e porte ilegal de arma de fogo.

Investigação

Segundo a polícia, a linha de investigação trabalha na teoria de que a motivação do crime foi uma disputa por um terreno na área do assentamento. O próprio MST afirmou em seu site que a área do assentamento desperta interesse imobiliário devido a localização privilegiada.

O MST criticou a atuação do governo, reiterando que não houve resposta dos órgãos responsáveis para garantir a segurança das famílias assentadas, “mesmo após diversas denúncias feitas aos órgãos estaduais e federais”. Segundo o movimento, cerca de dez homens atuaram no ataque ao assentamento, utilizando cinco carros e duas motos.

O Ministério da Justiça e Segurança Pública determinou que a Polícia Federal instaure inquérito para apurar o ataque. A pasta informou que uma equipe da PF, com agentes, perito e papiloscopista, já foi deslocada para Tremembé.

Com informações da Agência Brasil e do Portal MST


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