A Polícia Civil de Rio Verde investiga a possibilidade de que Rildo do Soares dos Santos, de 33 anos, preso por feminicídio, seja um assassino em série. Ele foi detido após o homicídio de Elisângela da Silva Souza, de 26 anos, cujo corpo foi encontrado parcialmente enterrado em um terreno baldio no bairro Popular, na última sexta-feira (12).
Segundo o delegado Adelson Candeo, titular do Grupo de Investigações de Homicídios (GIH), há indícios de que o suspeito possa ter cometido outros crimes violentos, inclusive na Bahia, estado de origem de Rildo. “Há características que o enquadrariam como serial killer, mas precisamos investigar mais para podermos determinar”, afirmou.
O crime ocorreu na madrugada do dia 11, quando Elisângela caminhava para o trabalho. Câmeras de segurança registraram o suspeito abordando a jovem, que teria sido forçada a acompanhá-lo até um terreno baldio, onde, segundo investigações, teria sofrido abuso sexual antes de ser assassinada.
Rildo, que já possuía diversas passagens pela Justiça da Bahia por furto, roubo e dano qualificado, estava em liberdade desde maio. Ele havia sido preso em flagrante na cidade baiana, mas pagou fiança. Cinco dias antes do homicídio de Elisângela, o suspeito também é investigado por um latrocínio ocorrido em Rio Verde, no qual a vítima foi morta após abordagem em seu veículo. Pertences da vítima, incluindo a chave do carro e o celular, foram encontrados na residência do suspeito.
Durante a prisão, ocorrida no sábado (13), Rildo estava entre curiosos no local do crime e tentou fugir ao perceber a presença da polícia, correndo por várias quadras até ser contido. A prisão em flagrante foi convertida em preventiva, devido à gravidade do crime e ao risco de reiteração criminosa, segundo a juíza Adriana Caldas Santos.
Na residência do suspeito, os policiais apreenderam diversos objetos que podem indicar outros crimes: bolsas femininas, roupas, celulares e bonecas. “Encontramos várias bolsas e bonecas dentro da casa. Não havia crianças morando no local, apenas o suspeito e outro homem. Isso levanta a possibilidade de que outros crimes tenham sido cometidos”, afirmou o delegado Candeo, classificando a cena como “assustadora”.
Ainda de acordo com as investigações, o suspeito morava com outro homem sem antecedentes criminais, que desconhecia a vida dupla de Rildo, mas estranhava seus hábitos noturnos, como sair uniformizado durante a madrugada e portar facas.
O corpo de Elisângela foi identificado pelas roupas vistas nas imagens de segurança. Ela foi encontrada seminu, parcialmente enterrado, com seus pertences ao lado. Segundo o depoimento do suspeito, ele confessou o roubo e a tentativa de ocultação do cadáver, mas negou o homicídio e o crime sexual, alegando que a vítima teria se desequilibrado e batido a cabeça.
As investigações continuam, e a Polícia Civil apura se há ligação de Rildo com outros feminicídios ou crimes violentos, tanto em Goiás quanto na Bahia.
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