As quatro meninas acusadas de torturar uma adolescente de 14 anos no município de Trindade foram transferidas nesta terça-feira (04) para Centros de Internação. Duas foram transferidas para Goiânia e outras duas para a cidade de Formosa, no entorno do Distrito Federal.
As acusadas permanecerão nos centros durante 45 dias aguardando a decisão judicial. E se condenadas ficaram confinadas em até 3 anos, de acordo com as avaliações que são realizadas a cada 6 meses.
A delegada responsável pelo caso, Dr. Renata Vieira, disse que durante esse período serão realizados outras investigações. “Começamos agora a procurar o rapaz, que de acordo com os depoimentos das jovens é o ex namorado de uma delas e motivo pelo ciúme que gerou as agressões” conta a delegada.
O caso
Quatro adolescentes, com idades entre 13 e 16 anos foram apreendidas em flagrante pela Polícia Militar (PM) acusadas de torturar uma outra adolescente de 14 anos em Trindade, interior de Goiás.
De acordo com informações da Polícia Militar, as adolescentes planejaram todo o crime na última terça-feira (27), em reunião na casa de uma delas. Segundo a delegada Renata Vieira, responsável pelo caso, as adolescentes cavaram um buraco onde a vítima seria enterrada. Para atrair a jovem, as meninas a convidaram para uma festa na quinta-feira (29) à tarde.
Chegando no local, a vítima foi agredida, amarrada e torturada. “Elas colocaram absorvente sujo na boca da vítima e a agrediram muito, com muita violência, com facão e martelo. Bateram com o martelo na cabeça da vítima, jogaram ela várias vezes na cova que elas tinham feito e cortaram um tendão no braço dela”, conta a delegada Renata Vieira.
A vítima, que chegou a vomitar durante a sessão de tortura, ficou cerca de três horas em poder das aadolescentes, que além de todas as agressões, também arrancaram o aparelho da vítima com uma faca. Ela só conseguiu escapar quando uma delas foi ao banheiro lavar as mãos que estavam sujas com o sangue da jovem agredida. “Ela conseguiu fugir pulando a casa de um vizinho e pediu ajuda. O vizinho acabou chamando a Polícia Militar”, descreve Renata.
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