14 de novembro de 2024
AVANÇO NO TRATAMENTO

SUS terá primeiro medicamento para demência associada ao Parkinson

Rivastigmina é único remédio com registro no país para a condição; Conitec avaliou tratamento como eficaz
Medicação estará disponível no SUS para pacientes com Parkinson foto Agência Brasil Rafa Neddemeyer
Medicação estará disponível no SUS para pacientes com Parkinson foto Agência Brasil Rafa Neddemeyer

O Ministério da Saúde publicou na sexta-feira (21) a portaria incorporando no Sistema Único de Saúde (SUS) a rivastigmina para tratamento de pacientes com demência associada a doença de Parkinson. Ela é o único medicamento com registro em bula no país para essa terapia. O tratamento obteve recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec).

O tratamento tem se mostrado eficaz para o controle dos sintomas cognitivos da doença. Cerca de 30% das pessoas que vivem com Parkinson desenvolvem demência por associação e, nesse caso, não havia até o momento tratamento medicamentoso disponível no SUS.

Agravantes da demência

A demência causa lentidão cognitiva, déficits de atenção e memória, bem como alucinações, delírios e apatia.

“Sabemos que o envelhecimento da nossa população já é uma realidade. A doença de Parkinson não tem cura e tem afetado parcela significativa de brasileiros. E essas pessoas, seus familiares e cuidadores precisam contar com o SUS para terem acesso a tratamentos que propiciem uma vida melhor”. A avaliação é do secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Complexo da Saúde do Ministério da Saúde, Carlos Gadelha, ouvido pela Agência Brasil.

Rivastigmina já está no SUS para tratar Alzheimer

O Parkinson é a segunda doença neurodegenerativa mais comum no mundo, menos frequente apenas do que a doença de Alzheimer, que já conta com o tratamento com a rivastigmina na rede pública de saúde.

Atualmente, há entre 100 e 200 casos de doença de Parkinson para cada 100 mil indivíduos com mais de 40 anos e essa quantidade aumenta significativamente depois dos 60 anos.

Atualmente, o SUS já conta com tratamentos medicamentosos e fisioterapêuticos. Também autoriza implantes de eletrodos e geradores de pulsos para estimulação cerebral para pessoas que vivem com a doença de Parkinson. Os principais objetivos do tratamento para a doença são deter a progressão e diminuir os sintomas.


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