O surto de covid-19 no gabinete do vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, preocupa a equipe de campanha de Donald Trump. Cinco assessores do vice, incluindo o chefe de gabinete, Marc Short, testaram positivo para a doença.
Com a nova onda de casos na Casa Branca, a epidemia de covid-19 voltou a ganhar força na discussão eleitoral. Assessores de Trump temem, segundo a Reuters, que o surto pode fazer eleitores pensarem que o núcleo governo minimizou conselhos de especialistas em saúde pública para evitar a transmissão da covid-19.
Apesar de pessoas próximas a ele terem sido infectadas, Pence não mudou sua agenda nos últimos dias. De acordo com o porta-voz da Casa Branca, isso não é uma violação das diretrizes dos Centros de Controles de Epidemias dos EUA (CDC, na sigla em inglês) –o protocolo é que profissionais de trabalho essencial devem manter sua rotina.
No domingo (25), o chefe de gabinete de Trump, Mark Meadows, afirmou que o país não conseguirá controlar a epidemia. A declaração foi dada após o surto. “Isso é o que vamos fazer. Não vamos controlar a pandemia, vamos controlar o fato de que podemos ter vacinas, tratamentos e outros meios para aliviar a doença”, disse à CNN. “É um vírus contagioso como a gripe”, completou.
Em Michigan, a candidata a vice de Joe Biden, Kamala Harris, criticou a declaração e afirmou que o governo admitiu a incapacidade de liderar o país na contenção da doença. “É o maior fracasso de uma administração presidencial na história dos Estados Unidos”, frisou.
Trump recebe muitas críticas por ter minimizado a covid-19. O presidente, inclusive, foi infectado e ficou hospitalizado por três dias.
Ele tem afirmado que a epidemia acabará por desaparecer. Porém, o país teve recordes diários de novos casos nos últimos dias. Os EUA já somam cerca de 225 mil mortos pela covid-19.
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