Supostos confrontos com a Polícia Militar de São Paulo já totalizaram 20 mortes na Baixada Santista, no litoral de São Paulo. As mortes começaram a ser contabilizadas em 2 de fevereiro, quando o policial militar Samuel Wesley Cosmo foi morto em Santos, durante patrulhamento, desde então, moradores denunciam a prática de execuções, tortura e abordagens violentas dos PMs na região.
No último final de semana, a Polícia Militar de SP matou mais duas pessoas. No sábado (10), um homem que teria resistido à ordem de parada dos policiais militares foi morto por volta das 17h30. Já no domingo (11), policiais militares da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) atingiram um homem que passava de bicicleta com disparos de arma de fogo, após suposto confronto.
Ainda no domingo (11), moradores de bairros da periferia da Baixada Santista denunciaram a prática de execuções, tortura e abordagens violentas por policiais militares contra a população local. Na ocasião, uma comitiva formada pela Ouvidoria da Polícia de São Paulo, Defensoria Pública, e parlamentares, colheu relatos e ouviu moradores, que detalharam que os policiais falaram abertamente em ameaças aos jovens usuários de drogas, aos aviõezinhos, e que a polícia vai vingar o policial morto.
Na sexta-feira (9), a prefeitura de São Vicente, na Baixada Santista, cancelou o carnaval de rua na cidade em razão da falta de segurança. O ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, publicou, no sábado (10), nas redes sociais, uma nota manifestando preocupação em relação à atuação da polícia na Baixada Santista. “O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC) vem a público externar a preocupação do governo federal diante dos relatos recebidos pela Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos de que graves violações de direitos humanos têm ocorrido durante a chamada Operação Escudo”, disse.
Com informações da Agência Brasil
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