28 de agosto de 2024
Educação

Superintendente do Instituto Unibanco afirma que Goiás pode ser referência em educação para o Brasil

Superintendente do Instituto Unibanco. (Foto: Divulgação)
Superintendente do Instituto Unibanco. (Foto: Divulgação)

Os resultados da aprendizagem dos estudantes do Ensino Médio da rede pública estadual de ensino de Goiás no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) 2019 foram analisados em webconferência que contou com a participação do governador Ronaldo Caiado, da secretária da Educação, Fátima Gavioli, e do superintendente do Instituto Unibanco, Ricardo Henriques.

No Ensino Médio, a nota média das escolas estaduais que ofertam esta etapa do ensino saltou de 4,3, em 2017, para 4.8, em 2019, alcançando a meta estabelecida para o estado e assegurando o 1º lugar do país no Ideb 2019. “Parabéns, é fantástica a performance de Goiás, que melhorou e ficou em 1º lugar no Brasil”, destacou Ricardo Henriques, que fez a apresentação dos dados do estado, a partir da análise dos indicadores da última edição do Ideb, divulgado recentemente.

Para além desta análise que celebra a posição do estado no ranking da Educação pública brasileira, o webnário promovido pelo Instituto Unibanco, um dos parceiros do governo estadual nas ações de melhoria da aprendizagem na rede estadual, trouxe à luz, indicadores que contribuirão, sobretudo, na superação dos desafios ainda postos, em Goiás e em todo o país.

A partir da implementação de ações efetivas neste sentido, justamente, se desenha a contribuição de Goiás nesse processo de melhoria a ser assumido por estados e municípios. Para o superintendente do Instituto Unibanco, o avanço do estado, juntamente com as melhorias alcançadas por outros estados da federação, deve ser visto como um conjunto de práticas a serem referenciadas pelo país. “Goiás já é a referência e pode se tornar, também, a referência do novo patamar que o Brasil como um todo precisa almejar”, afirmou.

“Estamos buscando esses avanços na Educação em Goiás e a meta, agora, será criarmos esse grupo de frente para alavancarmos a Educação em todo o país”, declarou o governador Ronaldo Caiado.

Ronaldo Caiado, Fátima Gavioli e Ricardo Henriques, em suas falas, além do reconhecimento do trabalho de todos, considerado a base da conquista do 1º lugar no Ideb 2019, reforçaram que a união dos esforços seguramente promoveu a melhoria da qualidade da Educação ofertada, motivo, para eles, da principal celebração.

Indicadores

Na apresentação dos dados, o superintendente do Instituto Unibanco mostrou a evolução da Educação Básica, em que os resultados oficiais do Ideb 2019 mostram que a rede estadual de Goiás conseguiu alcançar a meta prevista em todas as etapas. E com crescimento na taxa de aprovação e na proficiência de Língua Portuguesa e Matemática, o estado foi o único a atingir a meta para o Ensino Médio.

Na verdade, Goiás bateu a média de 4.8, que é virtualmente a meta a ser alcançada em 2021, informou o superintendente. “Que bom que estamos onde estamos em Goiás, mas ainda há muito a seguir pela frente”, falou Ricardo Henriques, destacando a responsabilidade que deve ser conjunta para se levar o país adiante na Educação. De acordo com ele, o Brasil ainda não conseguiu, no Ensino Médio, sair da média 3.0.

O superintendente esclareceu que o Ideb tenta fazer a captação de um movimento virtuoso ao fazer com que os indicadores mostrem a aprendizagem além de, também, demonstrarem se os estudantes que deveriam estar nas três séries do Ensino Médio, lá estão. Ou seja, mais alunos na escola, mais alunos concluindo a Educação Básica e esses estudantes aprendendo cada vez mais, explicou.

Goiás tem melhorado de forma consistente, sustentável e ainda tem muito a melhorar. Goiás pode se tornar a referência da mudança de patamar, de um novo patamar da Educação pública brasileira, tanto do ponto de vista da inclusão, como em proficiência/aprendizagem em Língua Portuguesa, Matemática e nas outras disciplinas, afirmou Ricardo Henriques.

Bons resultados

Goiás já era 1º lugar em 2017 e cresce em 2019. E esse resultado, relativamente, se distribui bem em todo o estado, falou o superintendente, considerando que o desempenho das escolas nos municípios pode significar oportunidades para se avançar na melhoria da Educação. Goiás está bem posicionado em grande parte do estado e precisa de atenção em alguns municípios, mostrados por ele na apresentação dos dados.

Em relação às regionais, consideradas as notas das escolas de Ensino Médio jurisdicionadas a cada Coordenação Regional de Educação (CRE), o superintendente mostrou que a grande maioria das regionais tinha piorado de 2017 para 2018, fazendo com que o governo estadual herdasse essa piora. Enfrentada com seriedade, essa situação, conforme mostra o Ideb de 2019, foi praticamente superada já que a grande maioria das CREs melhorou sua média, restando uma única regional que teve resultados piores em 2019. Outro bom resultado ainda referente às regionais é que Goiás também conseguiu que todas as regionais que tinham piorado de 2017 para 2018, melhorassem de 2018 para 2019.

De acordo com a apresentação, Goiás também melhorou o número de escolas estaduais que conseguiram alcançar a nota 5.0. Em 2017, apenas 0,3% das escolas da rede estadual tinham alcançado a nota 5.0. Em 2019, 0,6% das escolas tem nota 5,0, o que mostra que a quantidade de escolas aumentou, diminuindo, ainda, segundo os dados, a desigualdade entre as escolas.

Goiás também está muito bem nos indicadores do fluxo (taxa de aprovação), falou o superintendente Ricardo Henriques. “De 2018 para 2019, além do aumento na taxa de aprovação, a taxa de reprovação voltou a cair, o que demonstra melhoria importante para a rede estadual”, afirmou.

Com os dados, o superintendente destacou, também que a taxa de abandono, que tinha subido de 2017 para 2018, diminuiu de 2018 para 2019. Ele ressaltou que, além de conseguir reduzir a taxa de abandono considerando a do ano anterior, a redução se deu também em relação à taxa de 2017.

Desafios

“A responsabilidade da liderança traz junto a possibilidade de enfrentar vários desafios estruturais da Educação brasileira como um todo e que, ainda, afetam Goiás”, afirmou Ricardo Henriques.

Um desses grandes desafios, a ser encarado como oportunidade para a melhoria do Ensino Médio no estado, é a trajetória escolar. Segundo os dados apresentados, em Goiás, 30 em cada 100 estudantes que entram no Ensino Fundamental não concluem o Ensino Médio.

Outro grande desafio é relativo ao percentual, por escola, dos alunos que estão abaixo do nível básico em Língua Portuguesa e Matemática. Em 2017 Goiás tinha 7,5% das escolas com todos os seus estudantes no nível abaixo do básico ou no básico.

“É muito desafiador! Muitos estados estão piores do que isso, mas é muito grave”, afirmou o representante do Instituto Unibanco. Em Goiás, em 2018 houve um aumento da quantidade de escolas abaixo do nível básico. Em 2019, felizmente, segundo ele, o número de escolas diminuiu frente a 2018 e frente a 2017, demonstrando melhoria destes índices, conforme a apresentação dos dados.


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