Os subsídios cobrados na conta de luz vão subir para R$ 16,431 bilhões em 2018, alta de 26% com relação ao valor estimado para 2017, de R$ 13,038 bilhões.
O aumento vai representar um impacto médio de 2,15% na fatura paga pelos consumidores.
Os valores foram apresentados nesta terça (31) pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) e serão submetidos a audiência pública antes de sua aprovação.
Referem-se à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que concentra os subsídios concedidos a uma série de segmentos do setor.
O impacto nas tarifas varia de acordo com a região. Os consumidores do sistema Sudeste/Centro Oeste terão um impacto médio de 2,66%. Já no Norte e o Nordeste, o número é menor: 0,92%.
O aumento da CDE soma-se a preocupações sobre impacto nas tarifas da alta de preços provocada pela estiagem.
Nesta terça, o secretário executivo do MME (Ministério de Minas e Energia), Paulo Pedrosa, disse que o governo estuda manter térmicas em operação durante o período chuvoso para preservar os reservatórios das hidrelétricas, o que pode também pressionar as tarifas em 2018.
Segundo as projeções da Aneel, a CDE vai consumir R$ 17,994 bilhões em 2018, alta de 13% com relação aos R$ 15,989 bilhões de 2017. Parte deste total, porém, é arrecadado por outras fontes, como a taxa de uso dos bens públicos cobrada das hidrelétricas e multas.
Os recursos são destinados a diversos beneficiários. Empresas de água e esgoto, irrigantes e agricultores, por exemplo, receberão R$ 6,987 bilhões por meio da rubrica “descontos tarifários na distribuição”.
Há também subsídios para a compra de combustível para térmicas em regiões isoladas do país, por meio da CCC (Conta de Consumo de Combustíveis) que devem ficar em R$ 5,894 bilhões em 2018.
Já o programa Luz para Todos, de universalização no fornecimento de energia, deve consumir R$ 1,172 bilhão.
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