O projeto político do vice-governador de Goiás, José Éliton (ex-DEM), revela aspirações audaciosas para a próxima eleição estadual.
Segundo informações do colunista Jarbas Rodrigues, do jornal O Popular, o ex-democrata quer chegar ao PP e sentar na ‘janelinha’. Antes mesmo da filiação, Éliton já mostra estar de olho no comando do partido.
A estratégia é conhecida. Foi utilizada por Alcides Rodrigues (PP), em 2001, quando a presidência do PP estava com Roberto Balestra. A consolidação de Alcides como líder de um grupo majoritário em sua sigla garantiu seu nome como vice na chapa de reeleição de Marconi Perillo (PSDB), em 2002, e, em 2006, sua própria candidatura à reeleição.
José Éliton segue os mesmos passos. Ele conta com o apoio do deputado federal Sandes Junior, além de líderes do governo tucano, como o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Helder Valin (PSDB). E não consta que tenha qualquer atrito com Balestra. Ao contrário: sua filiação teria apoio total do deputado.
A amarração interna abre um leque de possiblidades para o vice-governador e, ao mesmo tempo, para Sandes e Balestra. Assim como amplia o poder de fogo de Valin e companhia.
No caso de Marconi não disputar o Executivo em 2014, o futuro pepista assume o governo com grandes possibilidades de ser o próximo candidato. Bom para todos na legenda.
A outra hipótese seria a amarração de uma aliança com garantia de um espaço privilegiado na chapa do governador, em caso de reeleição. Lugar de vice, por exemplo.
A ação de Éliton mostra outra coisa: enquanto muitos o subestimam, pela pouca experiência política, ele dá mostras de que está jogando, e de forma profissional.
Está cacifado e não está só.
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