O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou, nesta terça-feira (15), o pedido feito pelo Ministério Público de Goiás (MP-GO) para retomar o processo de investigações contra Padre Robson. O religioso era investigado por supostos desvios de dinheiro da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), da qual era presidente.
Para o MP, houve omissão no acórdão do STJ, com a determinação de arquivamento da ação. A sexta turma do STJ determinou, entretanto, a manutenção do arquivo. “Não é necessário o julgador enfrentar todos os precedentes citados pela parte recorrente, ainda mais o que se verifica é a inadmissibilidade recursal”, disse o ministro Olindo Menezes, relator da ação, durante a sessão.
O processo do titular da Basílica do Divino Pai Eterno, em Trindade, foi bloqueado após, em outubro de 2020, o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) determinar a interrupção das investigações por “ausência de crime”. Após recursos, o caso foi para o STJ, que em maio do mesmo ano, manteve a investigação bloqueada.
Outros pedidos de recursos do MP com pedido de retomada da investigação já foram negados anteriormente, em maio e dezembro de 2021. O órgão aponta que um grupo liderado pelo por Padre Robson, na presidência da Afipe, teria movimentado cerca de R$ 120 milhões. Conforme a investigação, valores arrecadados de fiéis, majoritariamente para a construção da nova Basílica Santuário do Divino Pai Eterno, foram utilizados em benefício próprio e de terceiros.
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