30 de agosto de 2024
Brasil

STF vota e por 3 a 2, Lula continua preso

(Foto: Agência Brasil)
(Foto: Agência Brasil)

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu manter o ex-presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva preso em Curitiba. Foram 3 votos a favor da manutenção da pena contra dois. As informações são do O Globo. Os advogados de Lula questionam a atuação do então juiz Sérgio Moro, hoje ministro da Justiça de Jair Bolsonaro. A defesa de Lula sustenta a tese de que o julgamento de Moro durante a operação Lava-Jato foi parcial. A decisão não é definitiva. A Corte ainda não analisou o mérito de pedido de habeas corpus que aponta a suspeição de Moro mas rejeitou a ideia de colocar o ex-presidente em liberdade e uma analise concludente do assunto será marcada para um futuro ainda sem data.

A defesa de Lula entrou com os processos ainda em dezembro do ano passado. Bem antes da divulgação e vazamento de mensagens trocadas entre Moro e os procuradores da força tarefa da operação Lava-Jato. O site The Intercept desde o dia 9 de junho tem publicado matérias em que mostram Sérgio Moro dando instruções sobre como atuar nos processos que julgaram o ex-presidente. Os vazamentos sustentaram ainda mais a defesa de Lula que acredita numa possível reviravolta no caso. Entretanto, o relator do processo, ministro Edson Fachin que votou pela decisão de manter o ex-presidente preso afirmou que o vazamento não poderia ser analisado agora. A autenticidade das mensagens ainda não foram realizadas. Segundo Fachin, as conversas entre o juiz e promotores não estavam no pedido original da defesa.

Ricardo Lewandowski pediu para que o mérito do habeas corpus fosse avaliado ainda hoje. Registrou porém que caso fosse voto vencido e a análise acabasse adiada, votaria pela proposta do colega Gilmar Mendes de soltura provisória enquanto a alegada suspeição de Moro não é julgada.

Edson Fachin, Celso de Mello e Cármen Lúcia, porém, votaram contra a sugestão de Gilmar e mantiveram Lula preso enquanto o mérito do habeas corpus relativo à suposta parcialidade de Moro não é julgado, fechando o placar em 3 a 2.


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