A startup Pachamama Socioambiental, apoiada pelo Governo de Goiás, é a representante oficial do estado na 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30), que ocorre até o dia 21 de novembro, em Belém (PA). A presença da empresa no evento global reforça o protagonismo goiano nas pautas de inovação e sustentabilidade.
A participação da Pachamama é resultado direto de sua trajetória no Programa de Negócios Inovadores e de Impacto Socioambiental (NIIS), desenvolvido pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti), por meio do Hub Goiás. O programa tem o objetivo de impulsionar empreendimentos com impacto ambiental positivo e alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Focada em práticas de Lixo Zero e na gestão sustentável de resíduos, a Pachamama foi uma das cinco startups de destaque da segunda edição do NIIS, anunciadas em janeiro de 2025. A fundadora, Raquel Pires Sales, explica que a participação na COP30 é um desdobramento natural do planejamento estratégico elaborado ainda durante o programa.
“Desde o início, estar na COP foi uma das nossas metas. O NIIS nos deu base para estruturar essa trajetória com propósito, fortalecendo desde o marketing até a comunicação e o impacto real do nosso negócio”, afirma Raquel.
Durante o evento, a fundadora participa como painelista do encontro “Políticas Públicas Inovadoras para a Gestão Sustentável de Resíduos”, promovido pelo Consórcio Brasil Verde, em parceria com o Governo de Goiás e a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad). O painel ocorre no dia 12 de novembro, das 14h às 15h15, no Espaço do Conselho Federal de Química (Green Zone), e reunirá especialistas e gestores públicos de diferentes estados para debater estratégias de economia circular e transição para uma sociedade de baixo carbono.
Raquel destaca que o apoio do Hub Goiás foi determinante na transformação da Pachamama. “Quando chegamos ao programa, a Pachamama ainda era um movimento, uma ONG. No NIIS 1 aprendemos o que era um negócio de impacto; no NIIS 2, conseguimos estruturar o modelo e fortalecer nossa comunicação. Hoje, podemos dizer que somos um negócio 100% Hub Goiás”, ressalta.
Além da presença institucional, Raquel leva à COP30 um objetivo simbólico: colocar o Cerrado no centro do debate climático. “Queremos chamar atenção para o Cerrado, que é o coração das águas do Brasil. Sem Cerrado, não há Amazônia. É fundamental que o mundo compreenda o valor desse bioma e que possamos atrair recursos e parcerias para sua preservação”, reforça.
A participação da startup na COP30 consolida Goiás como referência em inovação ambiental, com iniciativas que integram governo, universidades e o ecossistema de startups. A conferência é considerada uma oportunidade histórica para o Brasil reafirmar sua liderança global nas discussões sobre sustentabilidade, inovação e combate às mudanças climáticas.
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