A Superintendência Regional do Trabalho e Emprego em Goiás – divulgou nesta terça-feira (27) o resgate de sete trabalhadores encontrados em condições análogas a de escravo em fazenda localizada no km 435, sentido Jataí/Rio Verde.
Na operação, realizada no período de 14 a 26 de maio, a SRTE/GO contou com equipes formadas por auditores fiscais do trabalho, procuradores do Ministério Público do Trabalho, agentes da Polícia Federal.
Os trabalhadores laboravam nas atividades de carregamento, empilhamento, carga e descarga de toras de eucalipto. Submetidos a uma jornada de 15 horas (das 6h às 20h) sem intervalo de 1 hora para descanso. Havia uma infinidade de fatores de riscos à saúde e integridade física dos mesmos, tais como: a) ferimentos nas mãos e demais partes do corpo; exposição à poeira; exposição a ruído das máquinas, picadas de animais peçonhentos; posturas penosas, entre outros.
Segundo o Superintendente Regional do Trabalho e Emprego em Goiás, Arquivaldo Bites, apesar de serem encontradas Carteiras de Trabalho assinadas com um salário mínimo, jamais os trabalhadores receberam este valor, recebiam R$ 3,00 (três) Reais por metro de madeira carregada no caminhão e R$ 2,00 (dois) Reais por metro de madeira descarregada. “A sociedade precisa saber que existem pessoas sofrendo em condições degradantes e desumanas, para que outras obtenham um lucro acima do justo.”
A fazenda foi interdita, lavrou-se 27 autos de infração e os trabalhadores receberam R$ 30.927,74 além do pagamento de 5 parcelas de seguro desemprego será ajuizada Ação Civil para reparo do dano a dignidade dos trabalhadores.
Da Assessoria de Imprensa.
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