Nem mesmo uma veterana com 35 anos de Carnaval escapa do nervosismo. Daniela Mercury revelou que está há quase um mês sem dormir direito pela ansiedade com os shows que fará para os foliões de Salvador e de São Paulo.
“É uma época de muitos ensaios para relembrar todas as músicas, muitos ensaios de dança. Faço muita ginástica, tento falar menos para poupar a voz e tenho uma alimentação muito restrita”, diz a cantora sobre seu preparo para a semana de Carnaval, que, segundo ela, se resume a comer, dormir e cantar.
Em Salvador, Daniela tem shows confirmados neste domingo (11) e nesta segunda (12) de Carnaval. Em São Paulo, ela trará o bloco Pipoca da Rainha pelo segundo ano consecutivo, no dia 18 -uma semana após o Carnaval.
“A concentração será às 15h na rua da Consolação. Eu amo São Paulo. Tudo é muito em São Paulo. Um único trio elétrico consegue reunir o mesmo público que dez artistas em Salvador”, disse a cantora baiana, que angariou em torno de 500 mil foliões no desfile pelas ruas da capital paulista no ano passado, segundo a organização do evento.
Para Daniela, o bloco de rua em São Paulo é um sonho. “Como só há um trio elétrico por vez, o som é mais agradável, tudo fica mais fluido. Deveria ser assim em todo lugar.”
A baiana afirmou ainda que seu bloco servirá para lembrar os paulistanos que a cidade é brasileira, é dos trópicos. No repertório, garante Daniela, “haverá muito samba reggae e sempre em ritmos do Carnaval”.
Seja com seus clássicos, como “Canto da Cidade” e “Swing da Cor”, seja com versões de artistas como Moraes Moreira, Jorge Ben Jor, Elza Soares, Tim Maia, Chiclete com Banana, Ivete Sangalo e Pabllo Vittar.
O set list deve incluir ainda um clássico paulistano: “Trem das Onze”, de Adoniran Barbosa. S”ou uma caixinha de música em cima do trio. O espetáculo vai sendo conduzido do meu coração, diz a cantora, que usará uma fantasia “muito colorida, inspirada na bandeira”.
Entre as músicas próprias e versões, deve sobrar espaço ainda para falar do tema deste ano do Pipoca da Rainha: “somos todos”. “A nossa bandeira é a união das pessoas contra o racismo e pelo empoderamento de todos que precisam, para os negros, as mulheres.”
O bloco carrega também uma mensagem política, segundo a artista. “Há 25 anos, ‘Canto da Cidade’ foi marcante para o impeachment do [presidente Fernando] Collor. Agora, volto a cantá-la em um momento delicado da política, em que precisamos recuperar nosso espaço no voto.” (Folhapress)
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