07 de agosto de 2024
Cidades

“Somos gente de luta, que defende a escola pública de qualidade”, diz presidente do Sintego

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) realizou na manhã desta terça-feira (2), em parceria com a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), uma manifestação contra a implantação das Organizações Sociais (OS) nas Escolas Públicas do Estado. O ato ocorreu no Coreto da Praça Cívica, com a presença de professores, alunos, e diversas entidades sindicais como Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e Central Única dos Trabalhadores (CUT).

Segundo a presidente do Sintego, Bia de Lima, a entidade é contra a implantação das OS’s porque ela destrói a carreira dos trabalhadores da Educação e destrói a perspectiva da escola pública. De acordo com ela, está equivocada a ideia de que para que a escola deve ser entregue ao setor privado para funcionar. “O Sintego não teve governo nenhum. Somos gente de luta, que defende a escola pública de qualidade”. Bia também afirma que existem outros interesses com a medida, como o lucro.

“Na verdade, você entrega a escola pública, entrega os estudantes, entrega os recursos públicos para a Organização Social lucrar as custas dos trabalhadores. Nós precisamos mais que nunca mostrar que não é este o caminho. Estamos aqui para dizer em alto e bom tom que defendemos a escola pública, que o governo vem estrangulando há anos”, disse Bia de Lima.

Sobre a ocupação das escolas por estudantes, Bia de Lima ressaltou que o Sintego apoia o movimento, e chamou os alunos de corajosos. “Nós estamos ao lado dos alunos e achamos que essa iniciativa é uma aula de cidadania. Mas o Sintego entende que é preciso iniciar as aulas, para não prejudicar o ano letivo, e por isso, dizemos aulas sim, OS’s não”.

A estudante Taís Duarte, que está ocupada no Colégio Estadual José Lobo, e participou da manifestação, afirmou que os alunos, por enquanto, não estão pensando em novas ocupações, mas sim em estratégias para conseguir apoio da comunidade. “Junto com alunos, pais e professores, a comunidade em geral, a gente elaborou um projeto, que foi aceito pelo Conselho Estadual de Educação, para a volta às aulas mesmo com o caráter de ocupação das escolas”, disse ela.

Ainda segundo a presidente do Sintego, é preocupante a falta de diálogo do Governo de Goiás em relação ao que está sendo feito na Educação.

Seduce

Em entrevista à Rádio Vinha FM, a secretária de Educação, Cultura e Esporte (Seduce), Raquel Teixeira, afirmou que o próximo passo será a abertura das propostas das Organizações Sociais no 15 de fevereiro. Elas serão encaminhadas e avaliadas por uma comissão julgadora, que escolherá a que melhor atende ao chamamento da pasta, para dar início ao trabalho na cidade de Anápolis.

De acordo com a secretária, a Seduce está criando uma área de supervisão, acompanhamento e avaliação rigorosa do que for realizado, inclusive da prestação de contas. “Esse é um piloto que está cercado por todos os lados, e neste momento, todos ganham. Os concursados permanecem na escola com os direitos garantidos, os temporários terão uma condição trabalhista e de piso profissional melhor, e o aluno terá a atenção dobrada na concretização dos objetivos daquilo que ele está na escola para fazer”, afirmou Raquel Teixeira. 


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