26 de novembro de 2024
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Sobe para 73 total de mortos em terremoto na Itália

Cidade italiana ficou destruída com terremoto (Foto: Agência Brasil)
Cidade italiana ficou destruída com terremoto (Foto: Agência Brasil)

Subiu para 73 o número de mortos no terremoto de hoje (24) na Itália. Desse total, 53 são da região do Lazio, e 20 no município de Arquata Del Tronto, em Marcas. As informações são da Agência Ansa. 

O tremor teve seu epicentro, de 6 graus na Escala Richter, a 2 quilômetros de Accumoli, que fica a apenas 60 km da cidade de Áquila, capital da província homônima.

“Aqui não tem mais nada”

“Aqui não tem mais nada. Só escombros. É verdadeiramente impressionante, parece um bombardeio”, declarou a presidente da Câmara dos Deputados da Itália, Laura Boldrini, ao visitar Pescara Del Tronto, distrito de Arquata Del Tronto, uma das cidades mais atingidas pelo tremor desta quarta-feira (24).

Boldrini é natural da região de Marcas, onde fica o município.  “Agora é preciso pensar em quem está debaixo [dos escombros]”, acrescentou.

 

Com ocorreu 

Vinte solicitantes de refúgio abrigados em uma estrutura em Monteprandone, na região de Marcas, partiram para trabalhar como voluntários em Amandola, uma das cidades da Itália atingidas pelo terremoto.

“Foram eles que pediram para dar uma mão neste momento trágico para a região que os abriga”, afirmou Paolo Bernabucci, dirigente do Grupo de Solidariedade Humana, órgão criado para atender milhares de pessoas que pedem refúgio quando entram no país todos os anos.

A Itália é um dos principais focos da crise migratória que afeta a Europa, resgatando todos os dias dezenas de pessoas de embarcações superlotadas no Mar Mediterrâneo. Os imigrantes que se disponibilizaram para ajudar em Amandola são todos do norte da África.

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, afirmou que o país passa por um “momento de dor e de apelo à responsabilidade comum”. “O meu primeiro pensamento vai às vítimas desse devastador sismo que atingiu parte do território nacional”, disse ele.   Além disso, ele destacou que é preciso “usar todas as forças” para salvar vidas, curar feridos e oferecer as melhores condições possíveis aos desabrigados. “Depois, será necessário um rápido esforço para garantir a reconstrução dos centros destruídos e a retomada das atividades produtivas”, finalizou Mattarella.

Amatrice soma 35 mortos

É de pelo menos 35 mortos o balanço do terremoto de hoje (24) em Amatrice, na região italiana de Marcas. O número foi confirmado pela agência Ansa.   A cidade está literalmente dividida em duas, e os corpos estão distribuídos por dois pontos distintos. No norte do município, estão 14 deles. No sul, uma escola abriga 21. Com isso, o número total de vítimas do sismo chegaria a 56, incluindo os 11 de Accumoli e os 10 de Arquata del Tronto.

Igreja doa 1 milhão de euros

A Conferência Episcopal Italiana (CEI) determinou a imediata destinação de 1 milhão de euros (R$ 3,66 milhões) para as operações de socorro nas áreas atingidas pelo terremoto na Itália.

O dinheiro será usado para cobrir necessidades especiais e primeiras emergências. A entidade também fará uma arrecadação em todas as igrejas do país em 18 de setembro, quando acontece seu 26º Congresso Eucarístico.

Um terremoto de 6 graus na escala Richter atingiu na madrugada desta quarta-feira (24) o centro da Itália e matou pelo menos 21 pessoas, sendo 11 na região de Lazio e dez em Marcas. As informações são da Agência Ansa.

Muitas pessoas, no entanto, ainda estão debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas. O tremor foi registrado às 3h36 (hora local), com epicentro a 2 quilômetros (km) da cidade de Accumoli, situada a 145 km de Roma, onde o sismo também foi sentido.

Seu epicentro – ponto onde se origina um terremoto – ocorreu a apenas 4 km de profundidade. Às 4h32 e 4h32, duas réplicas foram percebidas, uma nas proximidades de Norcia, na região da Úmbria, e outra em Castelsantangelo sul Nera, em Marcas. Nesses casos, o epicentro foi a 8 e 9 km de profundidade, respectivamente.

Cidade italiana já soma 2,5 mil desalojados

Nas horas seguintes, mais de 50 réplicas com magnitudes superiores a 2 graus foram registradas. Das 21 vítimas confirmadas, 11 foram no Lazio, das quais seis na cidade de Accumuli, e cinco em Amatrice. Essa última foi uma das mais atingidas e teve sua avenida principal devastada pelo tremor.

“É um drama, metade da cidade não existe mais”, declarou o prefeito Sergio Pirozzi. Para piorar, o próprio hospital municipal não está em condições de ser usado. “A situação é dramática, muitas pessoas estão sob os escombros”, acrescentou. Os feridos recebem os primeiros socorros na rua e depois são transferidos de ambulância para Rieti, a 60 km de distância.

Em Accumoli, a principal via de acesso está obstruída em diversos pontos por rochas derrubadas pelo sismo. É possível ver em vários locais construções destruídas e carros cobertos por poeira e escombros. Algumas pessoas passaram a madrugada de pijama na rua.

Dez vítimas morreram em Pescara del Tronto, que fica a 67 km de Áquila, cidade devastada por um terremoto que matou mais de 300 pessoas em 2009. Segundo o chefe da Proteção Civil na Itália, Fabrizio Curcio, o sismo de hoje é comparável em intensidade àquele de sete anos atrás.

O presidente Sergio Mattarella, que estava em Palermo, sua cidade natal, embarcou para Roma assim que foi informado do desastre. Também foram emitidos alertas pedindo doações de sangue de todos os grupos.

O prefeito de Áquila, Massimo Cialente, colocou à disposição dos desabrigados 250 leitos em uma estrutura construída após o terremoto de 2009.

Informações da Agência Brasil

Atualizada às 15:00


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