Subiu para 41 o número de mortos no atentado de ontem (28) no Aeroporto de Ataturk, em Istambul, na Turquia. Desse total, pelo menos dez são cidadãos estrangeiros.
O balanço foi divulgado nesta quarta (28) pelo governador de Istambul, Vasip Sahin, que informou também que o ataque deixou 239 feridos, dos quais 109 já receberam alta hospitalar. O número de mortos não inclui os três terroristas que se explodiram durante a ação e cujos restos mortais já passaram por autópsia. Suas identidades ainda não foram divulgadas oficialmente, mas, de acordo com fontes próximas às investigações, tratam-se de estrangeiros.
Armados com fuzis kalashnikov, os homens abriram fogo na área de embarque do aeroporto por volta das 22h, no horário local (14h no Brasil). Pouco depois, durante confronto com a polícia, acionaram explosivos presos aos seus corpos. Outras quatro pessoas também fariam parte do comando, sendo que três ainda estariam foragidas. Horas depois das explosões, a polícia prendeu uma mulher suspeita de envolvimento no ataque.
Papa
“Ontem [28], em Istambul, foi realizado um brutal ataque terrorista, que matou e feriu muitas pessoas. Oremos pelas vítimas, pelos familiares e pelo caro povo turco. Que o Senhor converta o coração dos violentos e sustente os nossos passos rumo à paz”, afirmou o papa Francisco nesta quarta-feira, após uma cerimônia no Vaticano.
Nos últimos dias, o Pontífice voltou a se envolver em polêmica com a Turquia por conta do seureconhecimento do genocídio armênio cometido pelo Império Otomano um século atrás, crime que é negado até hoje por Ancara.
Autoria
Até o momento, ninguém reivindicou o atentado no Aeroporto de Istambul até o momento, mas as principais suspeitas recaem sobre o grupo jihadista Estado Islâmico (EI), já que a Turquia integra a coalizão internacional que combate a milícia no Oriente Médio. No entanto, não está descartada a hipótese de uma ação de separatistas curdos.
O ataque acontece no momento em que o país tentava normalizar suas relações com a Rússia, abaladas por conta do abatimento de um caça na fronteira com a Síria, e com Israel.
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