15 de agosto de 2024
Brasil

Sítio de Atibaia: Pena de ex-presidente Lula é confirmada e elevada na segunda instância

A 8ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) confirmou por unanimidade nesta quarta-feira (27), a condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do sítio de Atibaia. Os magistrados ainda decidiram ainda aumentar a pena de 12 anos e 11 meses para 17 anos, 1 mês e 10 dias de prisão pelos crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

O pedido para aumento da pena foi feito pelo Ministério Público Federal (MPF), que alegava o agravante de Lula ter praticado crimes enquanto era presidente.

A defesa do ex-presidente ainda pode encaminhar recursos para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo  a declaração de nulidades processuais, erro em atos processuais que poderia provocar a anulação parcial ou total do processo. No entanto, nessas instâncias superiores, não há previsão do reexame de provas.

“Infelizmente a responsabilidade do ex-presidente Lula é bastante elevada. Ele ocupava o cargo de máxima autoridade da nação brasileira, haveria a expectativa de que se comportasse com a conformidade do direito, e mais, que coibisse ilicitudes”, disse o relator do caso, o desembargador João Pedro Gebran Neto.

Leandro Paulsen classificou como “estarrecedor” as denúncias contra Lula “porque o que se esperar de quem assume tal cargo é uma conduta correta, é uma conduta exemplar, uma conduta de quem serve o país, e não de quem se serve dele”.

Fazem parte d 8ª Turma do TRF4 os desembargadores João Pedro Gebran Neto, Leandro Paulsen e Thompson Flores.

Todos rejeitaram diversas questões preliminares com as quais a defesa de Lula buscava anular a condenação. Entre os pontos questionados pelos advogados estava a ordem de apresentação de alegações finais no caso e a suspeição de magistrados e procuradores.

O tribunal também manteve a condenação de outros réus, entre eles os executivos Emílio Odebrecht e Marcelo Odebrecht, embora estes tenham sua pena suspensa por ter firmado delação premiada. Léo Pinheiro, ex-presidente da empreiteira OAS, também teve sua condenação confirmada.

 

*Com informações da Agência Brasil 


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