A Síria enviou nesta sexta-feira (13) duas cartas ao secretário-geral da ONU, António Guterres, e ao Conselho de Segurança em que acusa Israel de ter feito um bombardeio à base aérea de Mazzeh, em Damasco.
O ataque ocorreu durante a madrugada (noite de quinta no Brasil), quando mísseis disparados desde as colinas de Golã chegaram ao aeroporto, provocando um incêndio. O impacto das bombas foi sentido em toda a capital síria.
Segundo a agência de notícias Sana, o Ministério das Relações Exteriores, que fez as correspondências, afirmou que foi um ataque à soberania e acusou o vizinho de ajudar os terroristas -como o regime chama seus opositores.
“Faz parte de uma longa série de ações israelenses na guerra terrorista contra a soberania, a integridade territorial e a independência da Síria, que foi planejada pelas agências de inteligência israelense, francesa e britânica.”
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, entidade opositora sediada em Moscou, diz que os mísseis alcançaram os depósitos de armas de Mazzeh. Israel não comentou se fez o bombardeio, como normalmente faz.
O regime sírio não fez menção sobre os locais atingidos nem número de mortos. Caso a informação dos opositores seja confirmada, o alvo é similar aos atingidos em outras operações anteriores de Israel na Síria.
O país, que oficialmente diz não se envolver no conflito, costuma fazer ataques para evitar a distribuição de armas vindas do Irã destinadas aos sírios e ao grupo libanês Hizbullah, aliados do regime e desafetos de Israel.
(FOLHA PRESS)
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