Nesta quarta-feira (3), deu-se inicio a greve na rede Estadual de Educação do Estado de Goiás. O início do pagamento de março e o pagamento de 55% dos servidores da educação não foi suficiente para conter a decisão pela greve.
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sintego) Bia de Lima, afirmou em entrevista que até o momento em Goiânia somam 24 escolas paralisadas. No Estado, de acordo com o que já foi levantado até o momento, mais de 200 escolas, de 10 regionais. Agora, faltam 26 regionais, e estima-se que são mais de 400 escolas paradas.
“Nós estamos trabalhando para chegar ao maior número de escolas possíveis, temos entorno de 23 em Goiânia e devemos ampliar isso ao final do dia. E no Estado nós acreditamos que vamos chegar a um percentual de 200 escolas paradas. Até porque é esse o percentual das pessoas que ainda não receberam seu salário de dezembro e também o 13º e o retroativo do auxilio alimentação”, explicou Bia.
Bia de Lima, ainda destacou que outra preocupação da categoria é não saber quando vão receber. “O governador disse que não pagaria dezembro mesmo que de forma atrasada porque queria pagar dentro do mês trabalhado. Infelizmente nenhuma coisa e nem outra, essa situação se tornou insustentável. As pessoas quererem trabalhar mais infelizmente o governador não tem dado as condições psicológicas e financeiras para a minha categoria”. disse.
Na terça-feira (2), caiu na conta de quem ganha até R$ 4 mil reais, mas segundo a presidente do Sintego, a categoria quer receber todo o pagamento. “Nós queremos que caia todo o pagamento sem fazer distinção entre quem é aposentado e quem é pensionista, essa é outra novidade, porque até então recebiam todos, mas agora não. Essa divisão é muito ruim e nós não aceitamos isso”, ressalta.
Bia de Lima disse ainda que, o governo não honrou com a negociação feita de inicio. “Estamos buscando nova audiência, queremos que o governo retome de onde parou, ou seja, fez uma negociação com o Sintego e depois não honrou essa negociação. Os deputados estão fazendo a sua parte, eu procurei o presidente da Assembleia e que disse que vai ajudar nas negociações, envolvido junto com o Ministério Público que se posiciona a favor. Mas, nós precisamos de uma decisão que parta do executivo e penso eu que, nesse caso do governador, já que a secretária de economia tem colocado dificuldade”, conclui.
Nota Seduc
“A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que das 1.121 escolas da rede pública estadual de ensino, 34 estão parcialmente paralisadas e 107 estão com as atividades paralisadas, o que corresponde a 12,6% das escolas estaduais em Goiás”.
Leia Mais
Professores da rede estadual de Educação decidem entrar em greve a partir de quarta-feira (3)
Assembleia de professores avalia greve por falta de pagamento, diz Sintego